Caxias do Sul, Gramado e Canela pretendem buscar recursos no Ministério do Turismo para pavimentar a chamada Estrada do Raposo, que liga o distrito de Vila Oliva, em Caxias, a Região das Hortênsias. A melhoria do acesso é apontada como fundamental para que o futuro aeroporto de Caxias, planejado para ser construído em Vila Oliva, possa atender ao fluxo turístico de Gramado e Canela.
Segundo o prefeito de Caxias, Alceu Barbosa Velho, já existe projeto de asfaltamento dos 10,5 quilômetros até a chamada Ponte do Raposo, no limite com Gramado. No município vizinho há outro trecho de 12 a 15 quilômetros. O plano da prefeitura de Caxias também é pavimentar a estrada de cinco quilômetros que a liga a Rota do Sol, na localidade do Apanhador, até a área do aeroporto.
"O turismo vai começar assim que o passageiro descer do avião, porque a própria estrada já é uma atração turística", disse o secretário de Trânsito de Caxias, Manoel Marrachinho.
Enquanto isso, é preciso encaminhar o licenciamento ambiental do terminal para que o projeto executivo possa ser elaborado. O plano básico foi concluído no início do mês e apresentado à imprensa na manhã desta quarta (14). O aeroporto é um dos dois contemplados no Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional que terão projetos exclusivos. Os outros 51 serão construídos ou revitalizados a partir de um projeto padrão. Dessa forma, Vila Oliva terá pista de 1.983m x 45m capaz de receber aviões do porte do Boeing 737-800. O pavimento já estará preparado para receber aviões cargueiros, sendo necessário apenas ampliar a extensão.
O terminal de passageiros também será maior que o padrão, com área de 4.746 m², e o pátio terá posição para 8 aeronaves, podendo ser ampliado para 12. O aeroporto também será equipado para operações por instrumento.
A construção do aeroporto está prevista para levar 20 meses. Conforme Alceu, a expectativa é de que o terminal já esteja sob o comando da iniciativa priva cerca de um ano depois. Além de administrar as operações, a empresa vencedora da concorrência também será responsável pela construção da infraestrutura necessária para a movimentação de cargas.
Para que a construção comece, porém, é preciso desapropriar os 458 hectares da localidade de Tabela. Nos próximos dias, Alceu deve se reunir com o governador José Ivo Sartori para negociar o pagamento do terreno por parte do Estado.
"Houve um compromisso no governo Tarso e o Sartori já disse que é parceiro", projeta Alceu.
Na semana que vem também deve ter início um estudo para levar a rede de água do Marrecas até o sítio aeroportuário.
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André Fiedler
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