A Brigada Militar (BM) de Caxias do Sul manterá o policiamento ostensivo durante a manifestação estadual contra o novo parcelamento de salários do funcionalismo público gaúcho, marcada para esta quinta-feira. A Polícia Civil, por outro lado, deve aderir à paralisação. Serão atendidos apenas casos de crimes contra a vida e situações de flagrante.
A orientação do comando do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) é que as pessoas mantenham suas rotinas normalmente. De acordo com Paulo Ritter, presidente da Abamf em Caxias, a indignação contra o governo José Ivo Sartori é a mesma do que em outras cidades, mas a decisão é de não punir a comunidade.
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– A população não tem culpa desta situação. É quem mais sofre. Apesar deste recorrente parcelamento dos salários e esta busca incessante do governo estadual em retirar benefícios do servidor, os policiais militares estão empenhados em cumprir com seu dever. Tivemos mais um exemplo neste caso de Nova Roma do Sul, com 36 horas de esforço contínuo e a prisão dos quatro assaltantes. Só que a população precisa perceber que não estamos sendo devidamente valorizados por isso – afirma.
O Ugeirm Sindicato, que representa os policiais civis, recomenda que as pessoas não procurem o plantão. Crimes de menor potencial podem ser registrados pela Delegacia Online. Ações de investigação, intimações e cumprimento de mandados estão suspensas. A mobilização ocorrerá das 6h às 21h.
– É o nosso protesto contra este desmonte da segurança pública do Rio Grande do Sul. Ainda estamos planejando ações, mas a orientação é os policiais fiquem em seus postos nas delegacias, sem exercer a atuação policial – diz Danilo da Silva, diretor do sindicato.
Os agentes penitenciários também estarão paralisados. Somente os atendimentos médicos, horários de pátio, a alimentação dos apenados, as visitas e o transporte para presença em Tribunal do Júri estão mantidos. As demais rotinas não devem ocorrer.
Na educação, algumas escolas de Caxias do Sul vão aderir ao movimento desta quinta-feira. Conforme o Cpers/Sindicato, as instituições que participaram da greve da categoria neste ano não devem paralisar, e nas demais há o interesse de parte dos professores.
– Vai depender de cada escola. Foi feita a chamada para unificar o movimento com os servidores estaduais – ressalta Paulo Amaro Ferreira, dirigente do Cpers na cidade.
Os servidores da 5ª Coordenadoria Regional da Saúde também participam da paralisação, de forma parcial. A garantia da CRS é que os serviços fundamentais não serão afetados.
– Medicamentos especiais, entrega de vacinas e atendimento de urgência estão assegurados – adianta a titular da 5ª CRS, Solange Sonda.