Ainda perplexos com a morte da médica Graziela Muller Lerias, 32 anos, ocorrida na noite de domingo, em Porto Alegre, colegas de trabalho e de estudos preparam uma manifestação contra violência e em homenagem a Grazi, como era conhecida. O ato irá ocorrer em frente ao Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul, na Avenida Independência, na Capital, às 16h de terça-feira.
Formada em Medicina na Universidade Federal de Pelotas, Graziela fez residência em Oftalmologia na Santa Casa, em Porto Alegre. Atualmente, trabalhava e estudava no Hospital Banco de Olhos, também na Capital. Ela havia ingressado no local para fazer especialização em retina em março de 2015.
– A Graziela estava concluindo 11 anos de estudos. Ela já era oftalmologista e era extremamente dedicada aos pacientes. Era uma menina cheia de vida – conta Ricardo Morschbacher, coordenador da área de ensino do Banco de Olhos.
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Pela manhã, ao receber a notícia da morte de Graziela, médicos e pacientes se comoveram. Alguns serviços inclusive foram cancelados.
A oftalmologista foi assaltada enquanto retornava de Camaquã, cidade onde moram seus pais, na companhia da irmã. Conforme Morschbacher, ela teria de trabalhar já nas primeiras horas desta segunda-feira.
Na sala de descanso do Banco de Olhos, colegas viam fotos da vítima e demonstravam perplexidade e tristeza.
– A Grazi era muito dedicada aos pacientes, muito amiga e muito preocupada. Ela tinha planos de voltar para o interior, assim que terminasse a formação. Não dá para acreditar no que aconteceu – desabafa a colega Júlia Pereira, 30 anos.
O velório irá ocorrer no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre. Até as 12h, o horário não estava definido.