A partir desta sexta-feira, o trensurb volta ao horário normal de funcionamento, depois da paralisação de 24 horas. Uma nova paralisação, porém, é prometida pela classe para 1º de agosto. Nesta quinta-feira à tarde, os trens circularão apenas entre 17h30min e 20h30min - horário considerado de pico.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do RS (SindimetrôRS), Clóvis Nei Pinheiro, uma nova paralisação de 24 horas está marcada para 1º de agosto. A decisão de formalizar um calendário de paralisações até que as exigências da categoria sejam aceitas pela Trensurb surgiu na assembleia ocorrida por volta do meio-dia desta quinta-feira.
– Junto com a reposição salarial, de acordo com a inflação de 9,28%, exigimos a contratação de cerca de 200 funcionários para a segurança e de profissionais para as bilheterias – sustenta Clóvis Nei.
Na manhã desta quinta-feira, passageiros foram surpreendidos com as portas fechadas nas estações da Trensurb, a partir das 8h30min. A paralisação, mesmo avisada com antecedência, prejudicou quem dependeria do trem para circular entre a Capital e a Região Metropolitana.
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Na estação Mercado, apenas uma das quatro portas de acesso tinha um cartaz orientando os horários de funcionamento. Na estação Rodoviária, em dez minutos, a reportagem orientou mais de 20 pessoas que encontraram na porta apenas um cartaz escrito à mão informando do serviço provisório.
A maioria vinha do interior e dependia do serviço de trem para chegar às cidades da Região Metropolitana. O comerciário Diogo dos Santos Rangel, 30 anos, foi informado da morte da avó nesta manhã. Apressado, saiu do trabalho, no Centro de Porto Alegre, para ir ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Canoas, onde ainda estava o corpo da familiar. Chegou à Rodoviária e, só então, lembrou da paralisação.
– Queria chegar o mais rápido possível. Mas vou ter que pegar um ônibus. Nestas horas, parece que tudo dá errado – lamentou.