Após atingir 10,55 metros às 8h, o nível do Rio Caí baixou para 9,47 metros, de acordo com uma medição realizada às 17h desta terça-feira. Segundo, a Defesa Civil, a tendência é de que o rio siga baixando em razão da diminuição da chuva. A inundação de casas só ocorre quando o nível da água ultrapassa 11 metros.
No início da tarde de segunda-feira, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu alerta de alto potencial de inundação na cidade, mas, com o recuo, o nível de alerta na região foi retirado. Mesmo assim, equipes do órgão seguem monitorando a situação em estado de atenção, devido à possibilidade da volta da chuva na quarta-feira.
– É possível que durante a noite de quarta-feira e a manhã de quinta tenhamos problemas, mas tudo vai depender do comportamento do rio. Esperamos que ele continue baixando para não acumular muita água – afirmou o coordenador municipal da Defesa Civil, Pedro Griebler.
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Segundo Griebler, com o alto acumulado de chuva – 121 milímetros em 48 horas –, o que "salvou" de estragos maiores foi que o Rio Caí, antes da chuvarada, estava abaixo do nível normal, com 1,6 metro.
Também banhadas pelo Rio Caí, as cidades de Montenegro e Bom Princípio registraram somente alagamentos em algumas ruas no início da manhã, sem afetar moradias.
Segundo a Defesa Civil de Montenegro, às 17h desta terça, o nível do rio atingiu 5,85 metros, quatro centímetros mais alto do que a medição realizada às 12h e 15 centímetros abaixo do nível de alerta.
Conforme o Corpo de Bombeiros de Bom Princípio, o rio não subiu durante a tarde desta terça. A última medição, realizada às 10h20min, registrou que o nível estava em 7,60 metros, bem abaixo do recorde da terça-feira, de 10,56 metros, registrado na madrugada, e do nível de alerta.
Balanço aponta mais de 2 mil casas afetadas
Divulgado pela Defesa Civil estadual por volta das 18h desta terça-feira, um balanço aponta danos em 2.024 residências em sete municípios gaúchos, provocados principalmente pela queda de granizo na segunda-feira. Entretanto, dados das prefeituras divergem, apontando um número maior. Em Minas do Leão, seriam 800 casas atingidas e em Viamão, 2 mil, o que eleva o total para 3.424 residências afetadas. Viamão e Soledade já iniciaram o processo para decretar situação de emergência.
Dados da Defesa Civil Estadual:
Fontoura Xavier – 20 casas afetadas
Ibirubá – 60 casas afetadas
Ilópolis – 40 casas afetadas
Minas do Leão – 400 casas afetadas
Salto do Jacuí – 4 casas afetadas
Soledade – 500 casas afetadas
Viamão – mil casas afetadas