Vamos pesquisar os preços, hein?
88% é o que o consumidor pode economizar se pesquisar antes de comprar um paracetamol em Porto Alegre. É o genérico do Tylenol, remédio usado como analgésico e antitérmico. Tem farmácia cobrando R$ 2, mas tem também estabelecimento vendendo a R$ 18: 800% a mais.
O estudo é do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico. Também considerou o Diclofenaco de Potássio, que é um genérico do Cataflam. Diferença de 650% nos preços, que vão de R$ 4 a R$ 30.Por fim, o Clonazepam (genérico do Rivotril).
O consumidor pode pagar entre R$ 5 e R$ 19,40, uma diferença de 288%. Como motivos para essa estrondosa diferença, tem logística, tributos e perfil de loja. Mas o diretor do estudo, Marcus Vinicius Andrade, aponta, principalmente, o poder de compra e negociações das redes ou distribuidoras com os laboratórios farmacêuticos.
Caixa vai anunciar mudanças no financiamento de imóveis
A Caixa Econômica Federal vai anunciar na semana que vem algumas mudanças no financiamento de imóveis. A principal, segundo as construtoras, é a ampliação do teto para imóveis de R$ 3 milhões. "Nunca vou comprar um imóvel desse preço", muitos devem pensar. Mas a gente precisa lembrar da importância do setor da construção civil e imobiliário para a máquina da economia. São grandes empregadores. É uma cadeia econômica enorme e cheia de ramificações.
Só torcemos para que os compradores façam endividamento consciente e que não vire inadimplência no futuro.
Bons sinais
Dois dados bons sobre inadimplência, a partir dos cadastros de restrição de crédito:
SCPC – A inadimplência caiu em todas as regiões do Rio Grande do Sul em junho. O dado é da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo a partir das consultas ao banco de dados do SCPC. Na média do Estado, a inadimplência caiu para 13,1%. Em maio, estava em 13,6%. A inadimplência mais baixa fica no Vale do Taquari. Já a mais alta é entre os consumidores da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Leia mais
Giane Guerra: endividamento das famílias gaúchas é o pior em quatro anos
Conheça as tecnologias que facilitarão saques e pagamentos
Serasa – Depois de ultrapassarmos 3 milhões de inadimplentes, o número de pessoas com dívidas em atraso caiu no Rio Grande do Sul. Foi um recuo de 1,8% em maio sobre abril. É uma queda pequena. Mas foi o primeiro recuo identificado pela Serasa desde que começou a fazer o levantamento no Rio Grande do Sul, em junho de 2015.
No final das contas, fechamos o mês de maio com 2.952.049 inadimplentes no Estado. Mais de 50 mil consumidores regularizaram as dívidas.
Segundo os economistas da Serasa Experian, este movimento revela o esforço dos consumidores para renegociar as suas dívidas. Duas situações possíveis: inadimplentes buscaram linhas de crédito ou sacaram o dinheiro da caderneta de poupança.
Pergunta do Leitor
A leitora Luiza pergunta: "Quero guardar um dinheiro. Vou iniciar com uma aplicação de R$ 3 mil e colocar R$ 1 mil por mês, por dois anos. Quais são as melhores opções?"
O assessor de Investimentos da Pense Investimentos, Felipe Assunção responde: é um aporte inicial pequeno. Então, é preciso procurar aplicações que não exijam valores maiores. Uma boa opção são os chamados Fundos Referenciados DI. Eles rendem o que o CDI está pagando no período. Atualmente, em torno de 14,14%. Quase o dobro da poupança. São fundos conservadores. Aplicam muito em título público e alguns ativos de baixo risco. A leitora está acumulando patrimônio. Então, não pode correr risco.
Fundos DI têm movimentação mínima de R$ 500 até R$ 1 mil. Ou seja, ela consegue colocar todo mês o valor que pretende. Outras aplicações exigem depósitos maiores.
Às vezes, com valores baixos de aplicação, não consigo comprar diretamente ativos como CBD, LCI e LCA. Então, aplica-se via fundo de investimento.A tributação começa em 22,5%. Vai caindo. Se ela sacar depois de dois anos, pagará 15% de Imposto de Renda.
Pitaco da coluna Acerto de Contas: são valores baixos e o tempo de investimento é considerado curto. Mas isso não tira o grande mérito da decisão da leitora de investir e guardar dinheiro para um objetivo. É o primeiro passo para pegar o gosto por fazer o pé-de-meia.
O leitor Douglas pergunta: "Entrei em uma empresa no ano passado e trabalhei como temporário por seis meses. Saí e fiquei fora por pouco mais de um mês. Depois, a mesma empresa me contratou novamente por uma agência terceirizada. Estou para sair nesta semana. Eu teria direito a seguro-desemprego?"
FGTAS/Coordenação Técnica Seguro-Desemprego – Sine responde: para ter direito ao seguro-desemprego, o trabalhador deverá ser dispensado sem justa causa em um contrato por prazo indeterminado. Contrato temporário não dá direito a seguro- desemprego. Pode ser usado somente para retomar o recebimento do benefício suspenso, caso o trabalhador tenha um e ainda esteja dentro do período permitido.
Quem avisa amigo é
Você sabe que, se emprestar o nome para outra pessoa fazer uma compra parcelada ou tomar um empréstimo, o risco é seu, né? Que se essa mesma pessoa não pagar a dívida, a responsabilidade cai sobre você e, portanto, vai responder juridicamente sobre a inadimplência.
Então tá. Fique atento! Pesquisa do SPC Brasil mostra que quatro em cada dez pessoas já pediram o nome emprestado para comprar a prazo. Principalmente, para os pais. E com mais frequência ainda, querem o cartão de crédito emprestado.