Lâminas negras ou verde musgo pairam sobre a água. Lixo, odor forte, borbulhas na superfície. Quando o biólogo Mário Moscatelli lança o remo em direção ao solo, percebe-se que a profundidade não passa de 20 centímetros. O fundo está tomado por esgoto e sedimentos. Moscatelli remexe por debaixo do manancial e traz, na pá do remo, uma amostra da realidade do sistema lagunar da Barra e de Jacarepaguá, no Rio. O solo se tornou um mar de lama escura e pastosa, resultado do longo processo de decomposição dos detritos lançados naquelas lagoas. A ação do remo no fundo da água provoca borbulhar intenso, como se aquilo tudo fosse um caldeirão escaldante.
Rio 2016
Melhorias na área ambiental do Rio devem ficar apenas nos projetos
Limpeza das lagoas seria um dos legados esperados pelos moradores
Carlos Rollsing / Rio de Janeiro