Prestes a completar um mês de funcionamento, o Centro Popular de Compras da Restinga ainda caminha na conquista da clientela do bairro. Segundo os próprios comerciantes, nas primeiras duas semanas, o maior movimento nos 52 estandes ocorreu aos sábados e domingos. Para o presidente da Associação dos Comerciantes do Camelódromo da Restinga, Éder Porto Rocha, os moradores ainda estão se adaptando à novidade.
– É uma questão de tempo. Ainda não temos o nome instalado na frente do prédio, o que dificulta o reconhecimento. Mas, aos poucos, os clientes estão chegando. Depois de um mês, teremos uma ideia real do movimento – ressalta Éder.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), a identificação do prédio ainda não foi realizada porque o nome do centro de compras está sendo discutido com a associação e com a comunidade. Proprietário de uma das lojas, o comerciante Altair Souza dos Santos, 38 anos, camelô durante 12 anos na Rua Tenente Arizoly Fagundes – distante cerca de 1km do novo prédio, relata que sentiu falta de parte dos frequentadores da antiga banca. Ele acredita que a data de inauguração do novo ponto, no meio do mês, prejudicou as vendas.
– A partir do início do mês as pessoas voltarão a comprar. Só teremos uma ideia se está dando certo ou não, daqui a alguns meses. Mas sempre defendi a ideia de termos um espaço organizado. Continuo camelô, com muito orgulho – afirma.
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"Missão está cumprida"
Sem esconder o sorriso, Alfredo Pereira, 55 anos, se diz satisfeito com o novo ponto de comércio. Durante seis anos, ele fez parte da associação que lutou pela construção de um centro de compras na Restinga. Do local, ficava observando a obra inacabada. Chegou a adoecer por conta da espera do novo ponto.
Hoje, Alfredo tem dois estandes no centro de compras e emprega o filho, Vinício Coelho Pereira, e a nora, Deise Santos, ambos de 28 anos. Camelô há 25 anos, ele sempre trabalhou na esquina da Estrada João Antônio da Silveira com a Avenida Nilo Wulff, em frente onde hoje está o centro de compras. A área ficava num corredor um metro mais baixo do que a calçada e separada dela por uma cerca. Alfredo necessitava improvisar na hora de atender a clientela. Em dias chuvosos era preciso driblar o barro e o acúmulo de água.
– Os clientes estão começando a nos procurar, mas o melhor é nunca mais ter que enfrentar barro ou perder mercadoria para a chuva. Estou muito feliz porque esta conquista teve muita luta. Sinto que a minha missão está cumprida – resume, faceiro.
Visite
* O atendimento é diário. De segunda a sábado, o camelódromo está aberto das 8h às 20h. Nos domingos e feriados, das 8h às 13h.
* Tem 52 bancas: 44 para atividades diversas, uma de hortifrutigranjeiros, seis para a praça de alimentação, uma para a administração.
* Três bancas da área de alimentação ainda não foram ocupadas. Nas demais são oferecidos salgados (R$ 3), doces (R$ 2,50), refrigerantes (R$ 2,50) e almoço sob encomenda com arroz, feijão, um tipo de carne, salada (R$ 10).