A Polícia Civil investiga desde a madrugada de sexta-feira o desaparecimento de uma funcionária terceirizada da Infraero que atua na Capital. De acordo com o que já foi apurado, Mineia Sant Anna Machado, 39 anos, foi abordada em um estacionamento por dois homens armados, ao deixar o trabalho, no aeroporto Salgado Filho, na Zona Norte, em seu carro. Os policiais acreditam que se trata, em princípio, de um assalto. Por volta das 2h, Mineia saiu do trabalho em seu carro, um Uno bordô, quatro portas, placas AFM 5411. Nem ela nem o veículo foram localizados até agora pelos policiais civis.
Inicialmente, as suspeitas eram de um assalto com sequestro-relâmpago. Imagens em poder da polícia _ ainda não liberadas para a imprensa _ mostram que os dois bandidos chegam a pé ao aeroporto, caminhando desde uma avenida na Zona Norte. Isso reforça a possibilidade de que se trate de um assalto fortuito. Um dos criminosos é alto, calvo e porta uma arma, possivelmente uma pistola. Eles forçam Mineia a dirigir.
A vítima, porém, não foi liberada pelos criminosos, como costuma ocorrer neste tipo de casos. Outra informação que enfraqueceria a hipótese de roubo é que o veículo é muito velho, ano 1996, com pouco valor no mercado.A possibilidade de sequestro para a exigência de pagamento de resgate também chegou a ser cogitada. No entanto, até domingo à noite não haviam sido feitos contatos com familiares de Mineia. Os policiais se dedicam a vasculhar amizades e possíveis inimizades da moça desaparecida.
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Os familiares não arredam pé do Salgado Filho há três dias. Eles se revezam, acordados, num auditório existente no terceiro andar do aeroporto. Conforme uma irmã, Mineia trabalha há 18 anos nos balcões de informações da Infraero. Não é uma pessoa de posses, tanto que o carro é antigo. Até por isso, ninguém acredita em sequestro. O temor é que ela possa ter tentado reagir a um assalto.
– Estamos com três equipes trabalhando nesse caso, cada uma com um delegado. Apuramos as possibilidades existentes, que são variadas. Um caso delicado – sintetiza o diretor da Delegacia Regional da Polícia Civil em Porto Alegre, Cléber Ferreira, que responde por 20 delegacias de bairro e três especializadas.
Os policiais também se deslocaram para o Interior, em busca de pistas.