A morte da jovem Sara Votto Tótaro, ocorrida numa tentativa de assalto semana passada, gerou protestos de um grupo de moradores da Cavalhada, bairro onde aconteceu o crime, em Porto Alegre. Usando camisetas pretas com o slogan "Segurança Urgente", os vizinhos da família Tótaro acenderam velas e caminharam em silêncio ao longo da Rua Panambi, próxima ao local do assalto, nas imediações da avenida Otto Niemeyer (Cavalhada).
Sara, 22 anos, foi morta quando ela e sua família estacionavam seu Volkswagen Up, em frente ao portão da casa da família, na Rua Gaurama. A mãe da jovem foi retirada à força do carro e, a seguir, os criminosos dispararam. Um tiro atingiu a barriga da universitária, sentada no banco traseiro do veículo, ao lado da irmã. Os suspeitos fugiram sem conseguir levar o veículo, que era objetivo do roubo. Sara chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento.
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Sara estudava Biblioteconomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e também tinha passado em primeiro lugar num concurso para estagiária na biblioteca da Câmara de Vereadores. A Polícia Civil identificou, através de imagens de câmeras de segurança, um Gol branco como sendo o veículo usado por quatro criminosos que tentaram levar o carro da família Tótaro. O Up dos Tótaro era seguido ao longo da Avenida Cavalhada.
– Esse é o segundo latrocínio na região este ano. Em fevereiro morreu um sargento do Exército, Carlos Norberto Barbosa dos Santos, também em tentativa de roubo de veículo. Vários outros assaltos ocorreram por aqui também. Exigimos segurança – reclama o consultor jurídico Paulo Bittencourt, um dos organizadores do protesto.