O historiador Thomas Skidmore, considerado o "pai" dos brasilianistas – pesquisadores norte-americanos que, a partir da década de 1960, passaram a estudar sistematicamente o Brasil –, morreu no último sábado, aos 83 anos, nos Estados Unidos.
Ele vivia desde 2009 em um asilo, em Rhode Island, e era diagnosticado com Alzheimer. O primeiro trabalho de Skidmore foi apresentado em 1961, quando defendeu na Universidade de Harvard sua tese de doutorado. Em 1967, publicou o livro que, em português, foi intitulado Brasil – de Getúlio a Castelo (1930-1964), que analisava o panorama político do país do fim da República Velha até o início do regime militar.
Em 2006, Skidmore se declarou "triste" com a política brasileira. Citou a corrupção como motivo de "decepção" com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrentava na época as repercussões do escândalo do mensalão. Quatro anos antes, pouco antes da eleição de Lula, o pesquisador havia previsto "o fim da era dos coronéis".