Correção: o nome do ministro da Cultura é Marcelo. A informação incorreta permaneceu publicada entre 12h43min e 17h06min.
O Museu das Missões, em São Miguel das Missões, receberá imediatamente verba de R$ 1,5 milhão para sua recuperação em razão do forte temporal que atingiu a região em 24 de abril. A garantia é do ministro da Cultura, Marcelo Calero, que esteve em Porto Alegre neste sábado.
O temporal provocou danos a instalações físicas e parte de seu acervo do museu. O vento forte quebrou vidros e esquadrias das janelas do museu e danificou peças que estavam expostas no Pavilhão Lúcio Costa. Esculturas de maior porte tombaram e peças foram arremessadas para fora do prédio. No momento do incidente, não havia visitantes. Apenas o vigia ficou levemente ferido.
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Os recursos serão utilizados na realização de projetos de reorganização, conservação e restauração do acervo afetado. O serviço terá início imediatamente após o recebimento dos recursos. Todo o acervo do museu, composto de 98 esculturas missioneiras, foi afetado pela umidade e por quedas causadas pelo forte vento que atingiu o Pavilhão Lúcio Costa, sendo que 30% das peças foram severamente danificadas por mutilações de membros e cabeças, perfurações por material de construção (vidros, telhas), achatamentos, absorção de água, deslocamento da policromia, rachaduras e perdas de fragmentos.
O ministro também anunciou modificações no ministério. Haverá, segundo ele, uma "rearrumação". Entre outras medidas, está a redução das vagas das atuais cerca de 450 para algo como 300. Cerca de metade do total são cargos de comissão, que serão, em sua maioria, extintos.
– Tudo será feito de forma criteriosa. Vamos valorizar os funcionários de carreira, uma demanda da sociedade – disse ele.
De acordo com Calero, a dívida é de R$ 1 bilhão e será paga. Entre outras medidas, o ministro disse que um novo limite orçamentário deve ser aprovado, passando de R$ 490 milhões para R$ 720 milhões.
– Assim, retomaremos obras e manteremos programas até o fim do ano. Havia museus que seriam fechados – afirmou o ministro.
Sobre a Lei Roanet, Calero falou sobre "ajustes" e uma "reforma".
– Há uma demanda pela regionalização. Hoje, a aplicação da lei é muito centralizada no eixo Rio-São Paulo – disse.