O artista plástico Yeddo Titze, morto no último dia 8, foi sepultado na tarde de sábado, no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre. O enterro encerra um drama compartilhado por amigos e ex-alunos do renomado artista que foi professor na UFSM entre 1964 e 1980: a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML).
A autorização estava condicionada ao surgimento de familiares em primeiro grau. Titze não tinha filhos nem contatos com familiares próximos. Se a situação ultrapassasse duas semanas, seria enterrado como indigente. Assim, o amigo Paulo Giovani Santos de Campos, contratou advogados para pedir à Justiça a liberação do corpo.
O cadáver permaneceu em câmara fria por nove dias, até que, depois de verem reportagem publicada em Zero Hora, parentes do artista encaminharam os trâmites necessários para que ele fosse enterrado.Diogo Ribeiro Demartini, cuja mãe é prima de Yeddo, conta que ele havia se afastado dos familiares após a morte da mãe:
– Fomos pegos de surpresa ao ler a matéria. Então, nos mobilizamos e entramos em contato com o IML. Queríamos um enterro digno para ele.