Às 14h desta segunda-feira, o comando de greve do Cpers se reúne para avaliar a proposta apresentada pelo governo do Estado. O documento, que objetiva o retorno das aulas, foi entregue aos educadores na última sexta-feira, em uma reunião que contou com a presença dos secretários Luís Antônio Alcoba de Freitas (Educação) e Carlos Búrigo (Secretaria-Geral de Governo), além do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (PMDB).
Ainda na sexta-feira, a proposta foi distribuída aos 42 núcleos do sindicato no Rio Grande do Sul – em cada um deles, o texto é discutido, e a avaliação, comunicada ao comando de greve. O fim da paralisação só é decretado por meio de assembleia geral, instância máxima da categoria, que é chamada quando há uma interpretação de que as negociações chegaram ao limite ou a proposta do Executivo agrada os professores.
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– Amanhã (segunda-feira), devemos começar a ter o retorno (dos núcleos) – conta a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
O documento elaborado pelo governo inclui a revogação de uma portaria para instalação da comissão que faria a análise dos critérios de concessão de adicional por difícil acesso. A Secretaria da Educação (Seduc) solicitou a elaboração de um calendário de recuperação das aulas para que não haja desconto nos contracheques por dias parados. O reajuste salarial não está contemplado na proposta – conforme Alcoba, o governo apresentou uma proposta que pode ser atendida, e a questão financeira do Estado inviabilizaria um aumento salarial.
A reunião de sexta-feira entre o comando de greve e representantes do Executivo foi uma condição para o Cpers deixar o Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), ocupado por quatro dias.