O Diário de Santa Maria visitou cinco postos de saúde de Santa Maria na manhã desta segunda-feira: Dom Antônio Reis, no bairro Medianeira; Wilson Paulo Noal, em Camobi; Oneyde de Carvalho, no bairro Lorenzi; Ruben Noal, no bairro Tancredo Neves; e o Floriano Rocha, no bairro Nova Santa Marta. Em pelo menos quatro deles, houve atendimento. Mas, em um deles, não havia mais médico no momento da visita da reportagem, por volta das 11h (os profissionais devem ficar entre 6h e 8h diárias nas unidades, de acordo com contrato). Em uma das unidades, os funcionários não quiseram dar informações.
Na unidade Oneyde de Carvalho, um dos clínicos gerais não foi, mas os outros estavam trabalhando normalmente pela manhã. De acordo com uma enfermeira, o profissional não foi trabalhar porque tinha uma reunião, mas os pacientes foram avisados, e as consultas, desmarcadas. Os outros médicos estavam atendendo.
A dona de casa Aline Rites dos Santos, 25 anos, que é paciente do posto, diz que nunca enfrentou problemas de falta de profissionais na unidade. Na manhã desta segunda-feira, ela faria curativos com a equipe de enfermagem.
O posto Dom Antônio Reis, no bairro Medianeira, estava funcionando normalmente na manhã desta segunda-feira, durante a visita da reportagem. Liliane Rengel da Silva, 46 anos, levou o filho para uma consulta com o pediatra. Para ela, o atendimento na unidade é bom e funciona com sistema de agendamento, não havendo necessidade de ir cedo ao local para retirar fichas.
No posto Rubem Noal, no bairro Tancredo Neves, quando a equipe de reportagem chegou, por volta das 11h, o médico já havia atendido os pacientes que agendaram consultas e ido embora.
Pacientes, que pediram para não ser identificados, reclamaram que a unidade não conta com profissionais de diferentes especialidades e que, por isso, eles são atendidos por um clínico geral e, depois, são encaminhados para um especialista em outro posto. Ainda conforme os pacientes, esse encaminhamento demora meses para acontecer.
No posto Floriano Rocha, no bairro Nova Santa Marta, havia uma médica atendendo no momento da visita da reportagem. A profissional pediu para não ser identificada e não quis informar se havia outros médicos trabalhando na unidade na manhã desta segunda-feira.
Parte dos médicos da Policlínica do Rosário, em Santa Maria, pediu demissão
Uma funcionária da unidade, que pediu para não ser identificada, reclamou que o posto não conta com equipamento de esterilização e que, por isso, é preciso ir a outras unidades para garantir a higiene do material.