Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) se reuniram no campus, na manhã desta segunda-feira, para fazer uma manifestação. Eles pedem que haja uma ambulância na instituição, assim como um ambulatório que atenda a comunidade universitária.
A preocupação dos alunos vem do fato que o Pronto-Socorro (PS) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) atende com portas fechadas, ou seja, só recebe pacientes encaminhados por outras unidades de saúde ou que cheguem em ambulâncias.
Segundo um dos manifestantes que não quis se identificar, o protesto é organizado por estudantes de diversos cursos da UFSM. Eles pedem a construção do ambulatório médico que possa atender professores, servidores e alunos, com um veículo adequado para o transporte de pacientes.
Desde as 8h30min, os estudantes se mobilizaram no Centro de Ciências da Saúde (CCS) para produção de faixas e cartazes. Às 10h30min, eles se dirigiram até (Husm). Depois, às 13h, os manifestantes devem se ir até a reitoria, onde farão a leitura de uma carta aberta.
A manifestação foi idealizada depois que a estudante de Terapia Ocupacional Antônia Silva Nunes Santos, 37 anos, passou mal em sala de aula na última sexta-feira. Como a Federal não dispõe de ambulância, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve de ser acionado e, enquanto esperavam pelo socorro, os estudantes chamaram residentes do hospital que fizeram o primeiro atendimento, ainda em sala de aula. Até a manhã desta segunda-feira, Antônia seguia internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) neurológico do Hospital de Caridade. Seu estado de saúde é estável.
Segundo o pró-reitor de Infraestrutura (Proinfra), Eduardo Rizzatti, um local de primeiro atendimento com ambulância está sendo desenvolvido na UFSM. A compra do veículo já foi licitada, porém, depende da aprovação do Ministério da Educação. Enquanto isso, a equipe que trabalhará no local será treinada. A expectativa é que esse serviço esteja disponível a partir de agosto.
– É exatamente esse tipo de coisa (o caso desta sexta-feira) que queremos evitar. Por isso, estamos indo na direção de montar esse local de primeiro atendimento. Esse não é o primeiro caso que ocorre dentro do campus. Já temos a verba para a compra da ambulância, só esperamos a autorização – explica Rizzatti.