A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União e a Receita Federal, deflagrou nesta terça-feira a segunda fase da Operação Lama Asfáltica - Operação Fazendas de Lama. A PF investiga um grupo que teria desviado recursos públicos federais por meio de obras de pavimentação de rodovias, construção e prestação de serviços nas áreas gráfica e de informática. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.
Cerca de 200 policiais federais, com apoio de 28 auditores da CGU e 44 da Receita Federal, cumprem 67 mandados judiciais, sendo 28 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 24 de sequestro de bens de investigados.
As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de Campo Grande (MS), Rio Negro (MS), Curitiba (PR), Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).
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"Durante a primeira fase da Operação, cujas investigações iniciaram-se em 2013, foi constatada a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturaram obras contratadas com a administração pública, mediante a prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos", informa nota da PF.
Nesta fase, após a análise dos materiais apreendidos novas fiscalizações realizadas pela CGU e relatórios da Receita Federal, "foram verificados fortes indícios da prática de lavagem de dinheiro, decorrente, inclusive, de desvio de recursos públicos federais e corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie".
Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande/MS, bem como os materiais objetos das buscas e apreensões.
O nome Fazendas de Lama faz referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.