Correção: A foto publicada nesta matéria desde as 17h32min da última sexta-feira estava incorreta. A imagem correta é esta acima.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) suspendeu definitivamente a licença do taxista Felipe Marques Maestri, 34 anos, preso nesta manhã por aplicar o chamado "golpe do guincho". Segundo o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, após a confirmação da Polícia Civil de que o motorista tinha antecedentes por posse de entorpecentes, ameaça e lesão corporal, ele foi excluído – com base na nova resolução do órgão que afasta taxistas com antecedentes. As informações são da Rádio Gaúcha.
Maestri ainda não tinha passado pelo pente-fino que vem sendo realizado pela empresa pública. O permissionário do veículo já foi notificado e deverá entregar o carteirão do taxista em até cinco dias.
– Agora vamos abrir um processo administrativo para investigar a participação do permissionário. Se houver qualquer indício que ele tinha conhecimento do crime, vamos cassar a permissão – destacou Cappellari em entrevista ao programa Gaúcha Repórter desta sexta.
A EPTC também trabalha para identificar um segundo taxista envolvido e garante que abrirá um processo administrativo contra ele. Desde o início do ano, 2,3 mil taxistas foram fiscalizados e, desse total, 103 foram suspensos por diversos crimes – como furto, roubo, tráfico de drogas, estelionato e agressão a mulheres.
Golpe do guincho
O taxista foi preso em flagrante na manhã desta sexta-feira, no bairro Menino Deus, quando estava indo buscar dinheiro de um idoso de 82 anos. Segundo o delegado César Carrion, o golpe ocorre da seguinte forma: um presidiário liga de dentro da cadeia para uma vítima e se passa por um familiar que estaria precisando de determinada quantia.
O valor seria para pagar serviço de guincho após uma suposta pane mecânica ou até mesmo um acidente de trânsito. Os suspeitos tinham informações privilegiadas dos alvos.
O idoso, que registrou ocorrência na polícia, recebeu a ligação dos golpistas na manhã de quinta-feira. Ele acabou repassando uma quantia inicial de R$ 2,9 mil para um taxista, acreditando que fosse a pedido do familiar. Depois disso, na noite passada, a vítima recebeu uma nova ligação dos criminosos. Eles pediram mais R$ 4,9 mil para quitar o restante do falso atendimento. O idoso desconfiou e acionou a 2ª DP.
A polícia acompanhou a entrega do dinheiro e conseguiu prender em flagrante um dos taxistas envolvidos. Ele admitiu que ganharia R$ 400 pela participação no golpe. Ele disse que apenas receberia o valor e iria encaminhar para uma terceira pessoa, através de depósito bancário. O delegado Carrion apura crimes de estelionato e formação de quadrilha.