O Ministério Público vai apurar a informação repassada oficialmente pela Transpetro de que o vazamento de petróleo, nesta quinta-feira, em Tramandaí, tenha atingido um volume de 2,5 mil litros. A suspeita é que o acidente tenha sido maior. O promotor Fernando Andrade Alves esteve no local e foi quem levantou a dúvida.
– É bastante óleo que vazou. Temos de ver agora quais serão as consequências disso. Nosso objetivo hoje aqui foi mensurar esse problema. Estamos receosos que esse volume informado não seja o exato. Mas é preciso aguardar os resultados da perícia – disse.
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O promotor acompanhou uma equipe de peritos ambientais do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que coletou materiais para a apuração das causas do acidente. Um inquérito civil foi instaurado para investigar o caso.
O vazamento aconteceu na noite de quarta-feira e, segundo informado pelo Batalhão Ambiental da Brigada Militar, que realizou vistoria na orla nesta quinta-feira, os ventos têm impedido que o óleo siga em direção à costa. O acidente afetou a orla de Tramandaí, onde existem duas monoboias, situadas a quatro e seis quilômetros da costa. Elas servem para bombear petróleo para dentro dos navios da Petrobras.
Em nota, a Transpetro informou que equipes de contingência "realizam os trabalhos de contenção e remoção do produto", e as causas do vazamento estão sendo apuradas. A empresa relatou também que um cabo de amarração que ligava um navio à monoboia do Terminal de Osório, em Tramandaí, se rompeu durante o descarregamento de petróleo de um navio.
Segundo a Transpetro, a operação foi paralisada preventivamente devido ao mau tempo e, em seguida, as válvulas de segurança automaticamente bloquearam as extremidades dos mangotes. Porém, parte do produto contido nas válvulas, cerca de 2.500 litros, acabou atingindo o mar.