O Ministério Público Federal (MPF)denunciou o ex-deputado federal de SC João Pizzolatti, atualmente secretário de estado de Roraima, por porte ilegal de arma. Durante um mandado de busca e apreensão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foram apreendidas arma de fogode uso restrito e munições no interior de um sítio do acusado localizado em Pomerode. A defesa de Pizzolatti não foi localizada pela reportagem para comentar a denúncia.
Dados da Polícia Federal (PF) mostram que a arma de calibre .40 foi localizada embaixo do colchão da cama de solteiro do quarto de hóspedes e 30 cartuchos estavam guardados em uma gaveta do criado-mudo do quarto em que ficava o denunciado e a companheira dele.
O MPF aguarda o recebimento da denúncia pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) em Brasília. Se condenado, Pizzolatti poderá cumprir pena que vai de três a seis anos de reclusão e multa. O ex-deputado está internado desde 8 de março na UTI do Hospital Geral de Roraima, por conta de um acidente doméstico.
Operação Politeia
O ex-deputado federal João Pizzolatti, hoje secretário extraordinário de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos de Roraima, foi alvo de ao menos dois dos cinco mandados de busca que a Polícia Federal fez em Santa Catarina em julho do ano passado. Agentes foram ao sítio dele em Pomerode, além do apartamento em Balneário Camboriú.
As ações fizeram parte da Operação Politeia, que cumpriu 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, referentes a seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava-Jato.
No sítio de Pizzolatti, a PF apreendeu documentos, celulares, uma agenda e uma arma.
Lava-Jato
Pizzolatti ainda é investigado por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro pela Operação Lava-Jato, em denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR). Ele é apontado como suposto beneficiário do esquema de propinas instalado na Petrobras entre 2004 e 2014.