O padre Rodrigo Wegner estava reunido com cerca de 20 fiéis, na noite de quinta-feira, quando um homem entrou na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Porto Alegre, não para integrar um rito religioso, mas para assaltar os presentes no local. Em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira, o sacerdote contou os detalhes do caso.
– Estávamos rezando quando o cara entrou. Disse para a gente deitar no chão. Pediu a chave específica de uma caminhonete. Entregamos a chave, celulares, carteiras – relembra o sacerdote da paróquia, localizada no bairro Ipanema, na zona sul da Capital.
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Enquanto o criminoso roubava os fiéis, outro comparsa o aguardava em um carro. Ao detalhar a ação, o padre afirma que o pânico se espalhou entre os presentes. Alguns choraram.
– Na hora de sair, ele (o assaltante) derrubou água benta e pediu desculpas. Eles ainda reconhecem que é sagrado, mas assaltam igual – comenta o religioso.
Segundo Rodrigo, relatos de violência são corriqueiros nas imediações da paróquia. O padre disse não ter dormido na madrugada desta sexta-feira em razão de um tiroteio em um clube próximo.
Para evitar casos como o ocorrido na véspera, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida já havia contratado uma empresa de vigilância. A partir desta sexta-feira, conforme Rodrigo, o esquema de segurança será reforçado no local – o padre quer tentar instalar um sistema de videomonitoramento.
– Dentro da igreja, foi o primeiro assalto. Mas na rua já houve arrombamentos – explica o sacerdote.
Após o roubo, o encontro com os fiéis foi encerrado. De acordo com o padre, não havia mais "clima" para as atividades.