O cenário de incertezas que predomina na economia nacional é o mesmo vivido pelo Rio Grande do Sul. Tanto que o governador José Ivo Sartori ainda não consegue antecipar como deve ser o mês de abril, principalmente em relação ao parcelamento de salários do funcionalismo. Em atividade voltada à Operação Desmanche, realizada na tarde desta quinta-feira em Sapucaia do Sul, o governador afirmou que não pode adiantar como será o próximo mês, pois há definições relativas a março que precisam ser feitas.
– Nem começamos ainda o processo de reconstrução do período anterior.
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Além disso, Sartori demonstrou expectativa com relação a uma melhora na economia nacional.
– Não se pode dizer nada, precisamos ver como evolui a receita. Gostaria que a economia nacional prosperasse em outra direção – afirmou.
Sobre as negociações da dívida com a União, o governador disse esperar que o novo projeto tenha "boa receptividade", muito embora ele não possa "resolver a situação financeira do Estado". Conforme o Piratini, o valor da dívida contratada pelo Rio Grande do Sul em 1998 foi de R$ 9,427 bilhões. De lá até 2015, o Estado pagou R$ 24,3 bilhões e ainda deve R$ 51,8 bilhões.
Em agosto do ano passado, o governo havia ingressado com ação cautelar no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a nulidade de cláusulas do contrato da dívida – entre elas, a suspensão das parcelas mensais e o não bloqueio de valores das contas públicas em caso de atraso do pagamento. A liminar foi negada. Em setembro, ingressou no STF com a ação principal, agora em tramitação, que requer a revisão do contrato da dívida, firmado em 1998. Nesta semana, Sartori esteve em Brasília em reunião com outros governadores, onde foi tratada a renegociação das dívidas com a União.