O terceiro suspeito dos atentados no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, e o único que continua vivo, seria Najim Laachraui, conforme a imprensa belga. Nesta quarta-feira, o jornal La Dernière Heure chegou a anunciar a prisão do homem, mas voltou atrás e informou que, na verdade, outra pessoa havia sido detida.
Laachraui seria um dos terroristas das imagens divulgadas pelas autoridades, gravadas pelas câmeras de vigilância do aeroporto. Na filmagem, ele aparece vestindo um chapéu escuro e empurra um carrinho de bagagem.
Na manhã desta quarta-feira, o procurador federal belga, Frédéric Van Leeuw, confirmou, em uma entrevista coletiva, que o homem que, segundo a imprensa, seria Laachraui continua foragido.
– Ainda não foi identificado – afirmou o procurador, indicando que "em sua mochila estava a maior parte da carga explosiva" utilizada no ataque.
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Conforme meios de comunicação belgas, Laachraoui seria um suposto cúmplice de Salah Abdeslam – um dos mentores dos atentatos em Paris, preso em Bruxelas na última sexta-feira.
Ao jornal La Dernière Heure, uma fonte próxima à investigação francesa afirmou que o DNA do suposto terrorista foi encontrado em "material explosivo" utilizado nas ações terroristas na França em novembro de 2015. O homem teria deixado a Síria em fevereiro de 2013 e é procurado desde dezembro passado.
Durante controle policial em setembro, na fronteira entre a Hungria e a Áustria, ele foi identificado com o nome falso de Soufiane Kayal e estava acompanhado por Abdeslam. Os dois estavam com Mohamed Belkais, um argelino de 35 anos morto pela polícia no mesmo dia, em Bruxelas.
Laachraui teria alugado uma casa, com um nome falso, na comunidade belga de Auvelais, que serviu para preparar os atentados de Paris. Os investigadores também consideram que, na noite dos ataques na França, ele falou ao telefone com os homens-bomba que estavam na capital do país, como fez Belkhaid.
Lacharaui foi o responsável por fazer os cintos de explosivos usados em Paris, e o seu DNA foi encontrado em dois deles (um utilizado na casa de shows Bataclan e outro no Stade de France), informou a televisão RTBF.
Também foram encontradas impressões digitais de Laachraui em uma casa no bairro de Schaerbeek, em Bruxelas, onde as autoridades acreditam que foram fabricados os cintos de explosivos usados na capital francesa.
*COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL