A direção de Pesca e Aquicultura da Secretaria de Desenvolvimento Rural reúne-se nesta quarta-feira com representantes da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Fundação Zoobotânica, do Ibama, da Procuradoria Geral do Estado e da Universidade Federal de Santa Maria para discutir o aumento da fiscalização ambiental para conter a pesca de peixes em extinção no Estado. O encontro pretende discutir a questão envolvendo a pesca de bagre no Estado.
De acordo com o diretor de Pesca da e Aquicultura da Secretaria, Ricardo Núncio, o principal objetivo será encontrar alternativas para o desenvolvimento de um novo estudo para apontar as espécies em extinção. Um decreto estadual de 2014, que passou a ser executado no final do ano passado, inibe a pesca da espécie no Estado, considerada sob ameaça de extinção junto com outros 73 tipos de peixes.
– Vamos propor que as compensações ambientais, assinadas com empresas em ampliação ou autuadas, sejam transformadas em novos estudos para atualizar a lista. Não podemos mais empurrar o problema com a barriga. Precisamos de uma solução – adianta Ricardo.
Reunião extraordinária
A partir da reportagem publicada no Diário Gaúcho desta terça-feira, pescadores ligados ao Conselho Gaúcho de Aquicultura e Pesca – formado por entidades ligadas aos pescadores – solicitaram à Secretaria de Desenvolvimento Rural uma reunião extraordinária para também discutir a proibição da pesca do bagre. Ela ocorrerá na última quarta-feira de abril e envolverá as secretarias envolvidas no tema.
Segundo o presidente do Fórum do Litoral Norte e Médio e da Colônia Z-7, em Torres, Osvaldo Torres, a proibição está motivando pescadores a desistirem da lida. Osvaldo explica que na região, onde 3,5 mil famílias dependem da pesca, os bagres acabam entrando nos canais das barras de Tramandaí e de Torres, no período do inverno, e saem nas redes junto com as tainhas.
– A preocupação é grande e precisamos de apoio para não sermos prejudicados – afirma Osvaldo.
