O novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, pediu exoneração do cargo de procurador-geral adjunto da Bahia. A informação foi publicada nesta segunda-feira na coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar uma ação que afirma que Lima e Silva não poderia assumir o cargo de ministro antes de se desligar da procuradoria, conforme exigência legal.
De acordo com a Folha de S. Paulo, ele teria pedido demissão para tentar facilitar a defesa que o governo fará da nomeação. Porém, o novo ministro continuaria na carreira, deixando apenas o cargo que ocupa na Bahia. A indicação dele gerou questionamentos desde que foi divulgada, na semana passada.
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A juíza federal Solange Ramos de Vasconcelos, da 1ª Vara Federal do Distrito Federal, chegou a deferir um pedido liminar para suspender o decreto da presidente Dilma Rousseff que nomeou Wellington César Lima e Silva para o posto de ministro da Justiça. Ela acatou argumento do DEM, autor da ação.
Em entrevista à GloboNews, Lima e Silva falou ter confiança "suprema" no STF e disse que a ação para suspender a sua nomeação tem a ver com o momento de "polarização do país". Ele afirmou ter conversado com membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que não teriam apontado impedimentos para ele exercer o cargo.