A guerra entre facções criminosas que disputam territórios do tráfico de drogas fez mais uma vítima na Vila Cruzeiro, Zona Sul da Capital, neste feriado. Um homem, por enquanto identificado apenas pelo apelido Boca Negra, e que seria morador de rua, foi executado com pelo menos 12 tiros.
O crime ocorreu no início da tarde, no Acesso 89 da Rua Madre Brígida Pastorino, na Vila Tronco Neves, próximo à Avenida Mohab Caldas. Chovia com intensidade, e havia poucas pessoas fora das casas.
Entre as poucas que encaravam o aguaceiro estava Boca Negra que, de acordo com moradores da região, era visto com frequência perambulando pelo local.
Ferimento
O morador de rua foi encontrado caído, já sem vida, após uma sequência de tiros. Posteriormente, a perícia apurou que ele foi atingido por pelo menos 12, por várias partes do corpo, incluindo a cabeça.
Os peritos constataram também que ele já tinha uma perfuração, que estava em fase de cicatrização, na altura do peito. O ferimento levou a Polícia Civil a suspeitar que, há pouco tempo, ele tenha sido vítimas de tentativa de homicídio.
Como estava sendo documentos, ele não teve a identificação confirmada, além do apelido.
O delegado Leandro Bodoia Araújo, plantonista da Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPPA-DHPP), no local, recebeu a informação extraoficial de que Boca Negra trabalhava como olheiro da facção criminosa conhecida como Pantanal, que teria perdido, agora, o território para a rival V7.