Subiu para 37 o número de mortos em um atentado com carro-bomba em Ancara, capital da Turquia, segundo informou o ministro da Saúde, Mehmet Muezzinoglu, nesta segunda-feira. De acordo com ele, 71 pessoas estão em hospitais – 15 delas em estado grave – devido à explosão.
O atentado ocorreu por volta de 18h30min (13h30min no horário de Brasília) de domingo, em um ponto de ônibus lotado, na Praça Kizilay, área central da cidade.
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De acordo com uma fonte médica, os feridos foram transferidos para 10 hospitais da capital turca. Muitas ambulâncias foram enviadas para o local, centro nevrálgico da metrópole. Imagens de emissoras de televisão também mostram vários veículos calcinados.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até o momento. A Polícia turca mobilizou um forte dispositivo para bloquear os acessos à praça, sobrevoada por helicópteros.
Neste domingo, o presidente francês, François Hollande, enviou "ao povo turco uma mensagem de profunda solidariedade, depois de um desprezível atentado que atingiu o centro de Ancara".
"A França está ao lado da Turquia para continuar com ela a luta contra o terrorismo que atinge todos os lugares e que deve ser combatido com a maior energia", acrescentou Hollande em um comunicado.
O atentado foi cometido apenas três semanas depois de um ataque suicida – também com carro-bomba – reivindicado por um grupo dissidente do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, separatistas curdos) contra ônibus que transportavam militares. Nesse dia, 17 de fevereiro, 29 pessoas morreram perto do local da explosão de domingo.
Três dias depois, esse grupo – os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) – assumiu a responsabilidade do ataque, garantindo que novos estavam por vir, sobretudo, contra os pontos turísticos turcos.
Onda de atentados
O presidente turco, o conservador islamita Recep Tayyip Erdogan, denunciou que o atentado de do final de semana foi cometido pelos combatentes curdos sírios das Unidades de Proteção do Povo (YPG), com apoio do PKK.
Saleh Muslim, chefe do Partido da União Democrática (PYD), que tem nas YPG seu braço armado, e Cemil Bayik, uma das lideranças do PKK, rejeitaram as acusações.
Há vários meses, a Turquia se encontra em alerta máximo, após uma série de atentados letais, entre eles quatro ataques atribuídos pelas autoridades ao grupo Estado Islâmico (EI).
O mais sangrento deles aconteceu em 10 de outubro passado, cometido por dois suicidas. Ambos se detonaram no meio de manifestantes da causa curda, em frente à estação central de Ancara. O saldo foi de 103 mortos.
Em 12 de janeiro deste ano, 12 turistas alemães morreram em um outro atentado suicida, no bairro turístico de Sultanahmet, em Istambul.
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*Com informações da Agência Brasil e AFP