Aproximadamente R$ 1 milhão é a estimativa de custo para resgatar um barco como o Cisne Branco, que afundou no Guaíba durante o temporal do dia 29. A projeção, incluindo balsas, rebocadores e mergulhadores contratados por 10 dias, foi feita pelo coordenador da operação de reflutuação do barco considerado um símbolo de Porto Alegre, José Teixeira.
– Ainda não está definido quanto será cobrado, pois a dona da embarcação é uma parceira nossa em serviços portuários. Mas vai ser um valor módico – explica Teixeira, funcionário da Grega Shipping Navegação Ltda.
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Sem estimativa de custo, a empresa Cisne Branco organiza uma campanha de arrecadação de R$ 950 mil no site de financiamentos coletivos vakinha.com.br. Doadores poderão ser recompensados, por exemplo, com passeios vitalícios. Até a noite de terça-feira foram arrecadados R$ 200.
Além da vaquinha online, a empresa está planejando realizar ações para angariar fundos. Entre elas, shows e exposição fotográfica do resgate e conserto da embarcação.
– É um valor baseado no mercado e em consertos anteriores. Sabemos que o custo será muito alto, mas não quanto – explica a dona da embarcação, Adriane Hilbig.
Operação teve início no dia 30 de janeiro. Veja:
Construído em 1978, o barco tem contrato firmado naquela época com uma seguradora, no entanto, segundo Adriane, não foi questionado o que exatamente está coberto pelo seguro, mas diz acreditar que “não mais do que a mobília”.
– Não paramos para ver isso ainda. Nosso objetivo agora é fazer o barco voltar a flutuar no Guaíba.
Certo mesmo é que quando o Cisne Branco voltar às atividades – não há previsão –, a primeira semana será de passeios gratuitos, promete a empresária.
– É uma maneira de retribuir o carinho que estamos recebendo da população em geral.
A estimativa era de que 100% barco ficasse aparente nesta terça-feira, mas a empresa e os técnicos optaram por fazer novas amarrações, estendendo o processo por todo dia. Às 18h, quando os procedimentos foram encerrados, o Cisne Branco estava com 90% da estrutura aparente. Com mais cabos sob o casco, formando o que os técnicos chamam de berço, a embarcação será suspensa na quarta-feira. A partir de então, serão colocadas bombas para retirar a água da parte interna, o que permitirá à embarcação voltar a posição correta.