No dia em que se completa uma semana de seu afundamento, o Cisne Branco alcançou uma evolução que o deixou com 50% do casario à tona e em uma inclinação de quase 45 graus. O lento processo para desvirar a embarcação foi iniciado no sábado da semana passada, um dia após a tempestade que atingiu Porto Alegre. Com a força do vento e das ondas, no momento do temporal, o barco acabou virando e afundou ao lado do Cais Mauá.
Na sexta-feira, as duas balsas realizaram manobras para fazer a reflutuação do barco. Pelo menos duas horas são gastas somente com a movimentação delas, para que possam equilibrar o peso e puxar o Cisne Branco sem lhe causar danos. O trabalho segue na manhã deste sábado.
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Construído em 1978, o barco é um dos ícones da Capital por oferecer passeios turísticos no Guaíba. Conforme a proprietária do Cisne Branco, Adriane Hilbig, ainda não há como mensurar o custo total do processo.
– Não estamos fazendo tentativas, e sim um trabalho que é demorado e muito delicado. Por enquanto, pelo avanço que conseguimos, não vimos nenhum dano grave na parte aparente do casco. Mas ainda não sabemos como ele está por dentro e também no lado submerso.
Histórico do processo
Sábado (30/01) – Planejamento com engenheiro naval, vedação dos tanques de combustível e instalação de boias de advertência e contenção. À tarde, a primeira balsa chegou ao cais.
Domingo (31/01) –Realização de amarrações no barco e na balsa para que fosse iniciado o processo de reflutuação. O barco foi preso para que ficasse aparente na beira do cais.
Segunda-feira (01/02) – Teve continuidade o processo de usar o peso da balsa para puxar o Cisne Branco. As amarrações precisaram ser reforçadas.
Terça-feira (02/02) – Uma quantidade maior de amarrações precisou ser feita para evitar o rompimento da embarcação. Neste dia foi constatada a necessidade de uma segunda balsa para auxiliar o processo.
Quarta-feira (03/02) – A segunda balsa chegou por volta do meio-dia e a tarde foi dedicada à realização das amarraçõespara fixar a estrutura ao barco.
Quinta-feira (04/02) – Em várias manobras envolvendo as duas balsas, a embarcação apresentou pequeno avanço, com inclinação de dez graus e ficando com metade da estrutura fora da água.
Sexta-feira (05/02) – Novamente foram feitas manobras delicadas com as balsas. O Cisne Branco encerrou o dia com 50% do casario aparente e inclinação de quase 45 graus.