Na manhã desta quarta-feira, o assassinato e a barbárie do vídeo que mostra uma decapitação eram os assuntos principais em qualquer roda de amigos ou de familiares no bairro Jardim Paraíso, em Joinville. O clima entre os moradores é de preocupação e medo de que a matança não pare tão cedo.
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O que está confirmado e o que ainda está sendo investigado sobre o caso
No lugar onde a cabeça foi encontrada ainda há fitas de isolamento deixadas pela Polícia Civil. Muitas pessoas que passavam pelo local, uma região bastante movimentada na entrada do bairro, paravam, olhavam e até faziam fotos.
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- A que ponto chegamos nessa cidade? Onde isso vai parar? - se perguntava uma das moradoras do bairro. Mãe de três filhos, ela se questionava até onde pode se sentir segura, mesmo morando numa região praticamente rural e onde todos os vizinhos se conhecem bem.
Um dos comerciantes que mora na região há quase 20 anos diz que, embora haja muito perigo para todos, não são os trabalhadores e pessoas de bem que estão morrendo.
- A gente vê essas notícias todos os dias, mas vai ver quem está se matando. São esses guris que estão envolvidos com o tráfico. Eles vão continuar se matando - diz o morador.
Ele acompanhou de perto a experiência vivida pelo bairro na década passada do "toque de recolher", em que os bares e estabelecimentos comerciais eram obrigados a fechar as portas a partir das 22 horas. Segundo ele, a experiência não deu certo e seria preconceito voltar a adotá-la apenas no Jardim Paraíso.
Outro morador que acordou com as imagens do vídeo chegando em seu celular, disse que os moradores já sabem se proteger das gangues e grupos criminosos e que eles não vão parar.
- Isso não tem fim. Quando um morre, sempre tem outro querendo se vingar - diz.
Segurança
'Não tem fim. Quando um morre, sempre tem outro querendo se vingar', diz morador do Jardim Paraíso, em Joinville
Pessoas que moram na região estão preocupados com rumos da violência no bairro
Leandro S. Junges
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