A conferência entre meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do 8º Distrito de Meteorologia de Porto Alegre para discutir e identificar o fenômeno que danificou a Capital na noite de sexta-feira terminou sem definição nesta segunda-feira. Os especialistas devem emitir nota oficial na terça, detalhando algumas hipóteses para explicar o evento extremo.
– Não chegamos a uma conclusão definitiva, porque foi um evento relativamente inesperado. Acreditamos que dois fatores podem ter potencializado o fenômeno. Primeiro, a mancha urbana de Porto Alegre, que funciona como uma ilha de calor. Segundo, a influência da brisa lacustre do Guaíba, que aumenta a umidade – diz a meteorologista Morgana Almeida, do Inmet.
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Esses dois aspectos teriam agido como gatilhos para as rajadas. Morgana afirma que não está descartada a possibilidade de ter ocorrido uma microexplosão, como sugere o Sistema Metroclima, mas diz que faltam elementos para confirmar a teoria.
A microexplosão é uma espécie de vendaval de alta virulência, que pode se desprender de algum ponto da tempestade, causando grandes estragos em poucos minutos.