Depois do primeiro dia de folga desde que Cisne Branco afundou, no final de janeiro, as equipes voltam a trabalhar no resgate da embarcação nesta segunda-feira. Até as 18h, dois mergulhadores iniciaram a retirada de bancos, mesas e demais mobiliários que estão no andar ainda submerso do barco.
O objetivo desta etapa é abrir espaço para que bombonas de ar sejam usadas para auxiliar na redução do peso da embarcação e então colocá-la novamente em flutuação. O barco já está desvirado, porém com dois terços ainda embaixo da água.
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Conforme a proprietária do Cisne Branco, Adriane Hilbig, o processo de remoção da mobília no último porão do barco seguirá durante toda a semana.
– Temos um andar e meio já fora da água, mas o restante segue afundado. Por isso precisamos colocar essas bombonas, que irão auxiliar no processo de reflutuação – explica.
No último sábado, após a amarração de cintas de proteção no barco, a equipe conseguiu tirar mais 1m20cm de dentro da água. Conforme Adriane, ainda falta suspender a embarcação em mais 2 metros para chegar ao nível de flutuação.
Histórico do processo
Sábado (30/01) – Planejamento com engenheiro naval, vedação dos tanques de combustível e instalação de boias de advertência e contenção. À tarde, a primeira balsa chegou ao cais.
Domingo (31/01) – Realização de amarrações no barco e na balsa para que fosse iniciado o processo de reflutuação. O barco foi preso para que ficasse aparente na beira do cais.
Segunda-feira (01/02) – Teve continuidade o processo de usar o peso da balsa para puxar o Cisne Branco. As amarrações precisaram ser reforçadas.
Terça-feira (02/02) – Uma quantidade maior de amarrações precisou ser feitapara evitar o rompimento da embarcação. Neste dia foi constatada a necessidade de uma segunda balsa para auxiliar o processo.
Quarta-feira (03/02) – A segunda balsa chegou por volta do meio-dia e a tarde foi dedicada à realização das amarrações para fixar a estrutura ao barco.
Quinta-feira (04/02) – Em várias manobras envolvendo as duas balsas, a embarcação apresentou pequeno avanço, com inclinação de dez graus e ficando com metade da estrutura fora da água.
Sexta-feira (05/02) – Novamente foram feitas manobras delicadas com as balsas. O Cisne Branco encerrou o dia com 50% do casario aparente e inclinação de quase 45 graus.
Sábado (06/02) – Foram feitas manobras delicadas com as balsas para que o barco ficasse mais perto da superfície.
Domingo (07/02) – Foram refeitas algumas amarras e movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Segunda-feira (08/02) – Foram feitas movimentações com as balsas, que deixaram o barco com 80% de sua estrutura para fora da água.
Terça-feira (09/02) – Foi feita a nivelação das balsas para preparar o processo de retirada de água da embarcação.
Quarta-feira (10/02) – Foram colocadas cinco cintas resistentes para iniciar o processo de suspensão do barco, que já está com 90% da estrutura para fora da água.
Quinta-feira (11/02) – Por medida de segurança, ficou decidido que novas cintas serão presas ao barco para concluir o processo de suspensão da embarcação.
Sexta-feira (12/02) – Trabalho dedicado ao reforço nas cintas que garantirão que o casco fique intacto durante o procedimento de suspensão.
Sábado (13/02) - Depois de concluída a amarração do barco com novas cintas, mais 1,20 metro da embarcação foi erguido acima do nível da água.
Domingo (14/02) - Folga.
Segunda-feira (15/02) - Trabalho de mergulhadores na remoção da mobília que está no casco do barco.