Enfermeiros e assistentes de enfermagem do Hospital Beneficência Portuguesa realizam nesta segunda-feira um protesto na sede da instituição, no centro de Porto Alegre, contra o parcelamento de salários de janeiro. Além disso, os funcionários também cobram pendências relacionadas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), reajustes e melhores condições de trabalho.
Conforme o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Casas de Saúde do RS (Sindisaúde), que organiza a manifestação, os trabalhadores receberam 20% dos rendimentos mensais. O presidente da entidade, Arlindo Ritter, afirma que os funcionários poderão realizar uma greve nos próximos dias.
– A gente quer ouvir o pessoal e ver qual será o passo a passo de uma possível paralisação. A ideia do protesto é cobrar primeiramente a questão dos salários – explica o presidente do Sindisaúde, que não soube precisar o número exato de funcionários afetados pela situação.
Leia mais
Piratini destinará R$ 90 milhões para dívidas com municípios e hospitais
Bandidos arrombam caixa eletrônico dentro de hospital em Porto Alegre
O diretor de Relações Institucionais do Hospital Beneficência Portuguesa, Mauro Ochman, espera que o pagamento total dos rendimentos seja realizado até o final desta semana (40% entre segunda e terça-feira e 40% entre quinta e sexta-feira). Segundo ele, o parcelamento dos salários é resultado de atrasos nos repasses do Ministério da Saúde.
– O dinheiro vai para a prefeitura. Depois disso, é repassado para o hospital. Não é que a gente não queira pagar os salários – comenta.
De acordo com Ochman, 60% dos atendimentos realizados no Beneficência Portuguesa são realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o diretor disse que as reclamações de funcionários relacionadas a melhores condições de trabalho "não procedem".