Esquecer o temporal que atingiu Porto Alegre na sexta-feira ainda vai levar algum tempo. Não apenas pelo pânico daquela noite, mas pela quantidade de árvores e galhos que continuam caídos pela cidade. Para qualquer lugar que se olhe, lá está o verde das folhas debruçado sobre as calçadas e vias. Somente nesta quarta-feira, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana recolheu 720 toneladas de resíduos, totalizando 2.325 toneladas desde sexta.
– Vamos aumentar amanhã (quinta) a varrição nas regiões atingidas, porque tem muita sujeira nas calçadas. Nesses 15 dias após o temporal, vamos dar uma "geralzona" na cidade – disse o prefeito em exercício, Sebastião Melo.
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Com esse trabalho, foi possível, aos poucos, desbloquear as vias. Às 20h, algumas seguiam com pequenos desvios, mas apenas a Rua Paissandu, no bairro Partenon, na Zona Leste, estava totalmente interditada. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) não estimou prazo para liberação, apenas informou que há uma equipe trabalhando na desobstrução.
Também não há mais pontos sem água em função do vendaval, segundo o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Antônio Elisandro de Oliveira.
– Sempre vamos ter situações pontuais. Mas posso dizer que Porto Alegre voltou à mesma situação que estava na sexta-feira, antes do temporal.
Oliveira disse que nesta quarta-feira foram abertos 300 chamados de conserto na rede de água, número que está dentro da média diária.
– Consideramos a situação normalizada – reforçou.
Conforme a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), pontos isolados tiveram a energia desligada por medida de segurança. A concessionária alertou, ainda, que esses últimos imóveis que estão sem luz serão religados à rede ainda durante esta noite.