Com cerca de 500 árvores caídas na cidade, cerca de 75 ruas bloqueadas e 300 mil clientes sem energia, às 10h30min deste sábado uma reunião de emergência definiu uma força-tarefa para tentar trazer a Capital à normalidade.
A operação conjunta para a retirada de árvores caídas sobre postes e cabos foi definida entre Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Defesa Civil, Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
O prefeito em exercício da Capital, Sebastião Melo, disse que ainda não estava definido se seria decretada situação de emergência.
– A palavra-chave é cooperação. Foi muito grave o que aconteceu – afirmou, acrescentando que pretende acionar o Exército para ajudar na limpeza das ruas.
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Melo comentou que haviam sido contabilizadas de "400 a 500 árvores caídas" na cidade – há estimativas extraoficiais que indicam mais de mil. O presidente da CEEE, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, pediu compreensão à população. Segundo o dirigente, ainda não havia previsão para o fornecimento ser normalizado, embora avaliasse que pudesse ser resolvido ainda durante o fim de semana.
– O principal processo com que estamos lidando neste momento é com relação à segurança. Não podemos fazer a religação porque há redes e postes caídos pelas ruas. Esse é um critério de segurança que somos obrigados a tratar. Nosso objetivo é normalizar o mais rápido possível, mas só poderemos fazer isso no momento em que estiverem recompostas as redes que estão tombadas – afirmou Machado.
Em um balanço inicial feito pelas equipes da EPTC, foram contabilizadas 75 ruas bloqueadas por árvores ou fios de energia elétrica, além de mais de 50 semáforos sem funcionamento na manhã de sábado após o temporal em Porto Alegre. O coordenador-geral de operações da EPTC, Marcelo Soletti, afirma que muitas linhas de ônibus estão com rotas desviadas por conta das barreiras nas vias.
– Nossa orientação é tomar o máximo de cuidado possível. Quem puder, evite sair de casa. Nossa principal preocupação são os pedestres. Eles devem cuidar as paradas de ônibus, calçadas, pois muitos fios que estão soltos podem ser de alta tensão – alertou Soletti à Rádio Gaúcha.
A empresa também sofreu danos causados pela tempestade. Viaturas e o prédio da EPTC foram atingidos e os telefones não estavam disponíveis ao público.
– A EPTC está sem rede, estamos só com os rádios e uma linha apenas de contingência. Tivemos viaturas e prédio atingidos – relatou Soletti, ao aconselhar as pessoas a ligarem para o 156.
Das seis estações do DMAE, quatro estavam paradas – na Zona Norte, no Moinhos de Vento e no Menino Deus. A Defesa Civil municipal havia recebido mais de 200 chamados até o início da manhã de sábado. Mais de 300 trabalhadores e 58 caminhões atuavam na retirada de galhos e outros entulhos.