O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou na última quinta-feira que Dani Dayan continua sendo, apesar da recusa do Brasil, o seu nomeado para ocupar o cargo de embaixador de Israel em Brasília. As informaçõe são do jornal Folha de S. Paulo.
Esta foi a primeira vez que o premiê falou publicamente sobre o assunto desde agosto de 2015, quando indicou Dayan como como futuro ocupante do cargo, em substituição a Reda Mansur.
A indicação de Dani Dayan - israelense nascido na Argentina e que fez carreira como porta-voz dos cerca de 500 mil colonos judeus na Cisjordânia ocupada – como embaixador de Israel em Brasília foi responsável pelo maior desconforto diplomático entre os dois países em dois anos.
A forma com que Dayan foi escolhido desagradou o governo brasileiro. Ele foi anunciado por Netanyahu pelo Twitter, sem aviso prévio ao Itamaraty. Além disso, a diplomacia brasileira é contra a política de ocupação dos territórios palestinos.
Desde agosto, Dayan permanece à espera do agrément (aceitação) do Planalto – e as chances de que venha a recebê-lo são cada vez mais improváveis.
– Acredito que Dayan é um candidato excepcionalmente qualificado. Ele continua a ser meu candidato. Acho que rotular pessoas é o próximo estágio após rotular produtos, e não quero rotular ninguém – afirmou o primeiro-ministro.
O premiê afirmou, entretanto, que pretende melhorar o elo com o Brasil:
– Na verdade, temos um relacionamento crescente. Espero que possamos fortalecer essas relações.
Ainda não se sabe por quanto tempo a embaixada ficará sem comando, mas se estima que isso se estenderá por seis meses a um ano.