No primeiro dia útil de 2016, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, usou as redes sociais para fazer declarações sobre os dois assuntos que mais preocupam o governo neste início do ano: o impeachment e a crise econômica.
Por meio de suas contas no Twitter e no Facebook, Wagner criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na tramitação do pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff, e mostrou confiança no resultado do processo.
Ele ainda elogiou a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do trâmite do caso, ao afirmar que a Corte anulou "as manobras regimentais do presidente da Câmara".
Posted by Jaques Wagner on Segunda, 4 de janeiro de 2016
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Mea culpa por erros na economia
"Eu, a presidenta Dilma e todo o governo estamos confiantes de que o processo de impeachment não sobreviverá aos primeiros testes na Câmara", concluiu. Um dos principais auxiliares de Dilma, Wagner voltou a reconhecer falhas do governo na condução da economia nacional, mas ressaltou que o Planalto está trabalhando para resolvê-los.
Depois do ajuste fiscal, o governo prepara agora um pacote de medidas para tentar tirar o País da crise e fazer a economia voltar a crescer. Uma das iniciativas vai ser retomar as atividades do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada no último domingo, Wagner declarou que "as medidas contracíclicas tomadas produziram um problema fiscal que ela (a presidente Dilma) se impôs consertar".
Na semana passada, em entrevista a uma rádio, ele apontou como equívocos, por exemplo, "desoneração exagerada" e "programas de financiamento que foram feitos em um volume muito maior do que a gente aguentava". Nesta segunda-feira, o petista ponderou que "impopularidade não é crime".
– É um defeito, um problema que vamos seguir trabalhando para resolver – completou.
* Zero Hora