Quarenta e cinco jovens assentados colam grau nesta sexta-feira (17) na primeira turma especial do curso de Medicina Veterinária para beneficiários da Reforma Agrária na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Os formandos são agricultores dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Ceará e Minas Gerais.
O curso faz parte do colegiado da Faculdade de Veterinária e segue os mesmos padrões de disciplinas e carga horária. Além da formação técnica padrão, são oferecidos grupo de estudos, atividades de leitura e métodos pedagógicos específicos aos assentados. Durante cinco anos, os estudantes passaram de 80 a 120 dias na universidade e depois dois meses nas suas comunidades para realizar trabalhos acadêmicos e pesquisa prática.
Logo no início, o grupo foi acomodado no ginásio desativado da antiga Associação Atlética Banco Brasil (AABB) em Pelotas. A turma dividiu-se em cinco grupos coordenados por dois estudantes e um representante geral, eleitos a cada semestre.
O acordo foi firmada entre a UFPel e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). O convênio foi assinado em 2007, mas o Ministério Público entrou com uma ação civil contra a realização. Após parecer favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao Incra no final de 2010, as aulas iniciaram no primeiro semestre de 2011.
A formatura começa às 17h no Theatro Guarany e a festa de confraternização às 21h no Clube Centro Português 1º de Dezembro. O patrono é o deputado petista e fundador do MST, Adão Pretto (in memorian). A segunda turma iniciou com 60 alunos, em 2013.