Representantes da Mineradora Samarco admitiram nesta terça-feira que há risco de rompimento de outras duas barragens - Santarém e Germano - que ficam perto da que se rompeu no dia 5 de novembro, em Mariana, Minas Gerais.
- Tem o risco. E nós, para aumentar o fator de segurança e reduzirmos o risco, estamos fazendo as ações emergenciais necessárias - declarou o gerente-geral de Projetos Estruturais da Samarco, Germano Lopes, durante coletiva de imprensa. As informações são do portal G1.
Ainda na coletiva, o diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kléber Terra, disse que o fator de segurança na barragem de Santarém - dez vezes menor do que a barragem que rompeu - é de 1,37 numa escala de 0 a 2, o que significaria uma estabilidade de 37% acima do equilíbrio limite que é 1.
Na de Germano, o diretor afirmou que o dique Selinha - que é uma das estruturas - tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo. No último dia 7, a Samarco informou que a barragem de Germano está exaurida, mas não divulgou o volume atual e a capacidade da estrutura.
De acordo com o gerente-geral de Projetos Estruturais da Samarco, o fator de segurança é um número que mede a estabilidade de uma estrutura. Esta norma, segundo ele, prevê que, para estruturas numa condição normal de operação, deve-se ter o fator de segurança de 1,50, no mínimo. Em condições adversas, é admitido fator de segurança é de 1,30. Ainda conforme Lopes, o índice igual a 1 representa que a estrutura está no limite de equilíbrio.
Ainda segundo Terra, estão sendo feitas obras emergenciais nas duas barragens. O diretor explica que blocos de rocha estão sendo colocados de cima para baixo, para reforçar a estrutura. Este procedimento deve durar cerca de 45 dias na barragem de Germano. Na de Santarém, as obras têm um prazo de 90 dias.
Os representantes da empresa explicaram que, diferentemente do que havia sido em princípio anunciado, a única barragem que rompeu foi a de Fundão.