O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), reafirmou nesta quinta-feira que o partido tomou a decisão mais adequada ao pedir o afastamento do peemedebista Eduardo Cunha (RJ) da presidência da Câmara dos Deputados. Para o tucano, ainda que a sigla tenha feito o que achava certo, cabe a Cunha decidir seu destino e não o PSDB decidir por ele.
- Nossa posição política já começa a influenciar outras forças partidárias e principalmente setores da sociedade - avaliou Aécio.
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O senador evitou falar em pressão para a saída de Cunha, alegando que o partido não pode perder o foco na crise econômica, social e moral. Para isso, a legenda pretende apresentar na primeira semana de dezembro um documento com o diagnóstico da gravidade da crise brasileira e as propostas dos tucanos.
Sobre o impeachment, Aécio observou que o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff é uma decisão que Cunha, em algum momento, terá de tomar.
- Lamento que isso tenha demorado tanto tempo. A meu ver esse assunto já deveria estar sendo discutido na Casa - comentou.
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O líder tucano enfatizou que o partido não terá sua atuação política limitada "exclusivamente à expectativa se vai ser aceito o afastamento" da presidente da República.
- Dilma cometeu crime de responsabilidade. A não discussão significa quase que dar um salvo conduto à presidente da República, dizendo o seguinte: para presidente da República, em especial na reeleição, pode-se cometer qualquer crime. Pode pegar dinheiro de propina e usar na campanha, pode-se fazer pedalada, pode-se descumprir Lei de Responsabilidade Fiscal. Tenho certeza que não é isso que o país quer - declarou.
Aécio informou que o líder da bancada do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), esteve nesta quinta com a ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os tucanos disseram à ministra que não pretendem recorrer da decisão do presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, de designar Maria Thereza como relatora da ação de impugnação do mandato da presidente, mesmo ela tendo votado pelo arquivamento da ação.
- Confiamos na ministra Maria Thereza - afirmou Aécio.
*Estadão Conteúdo