Passados dois dias da série de ataques terroristas praticados em Paris, já se sabe quantas pessoas morreram e qual a organização por trás dos atentados.
Mas ainda há perguntas cujas respostas as autoridades europeias trabalham para esclarecer, a exemplo das identidades de todos os envolvidos e os detalhes de como a noite de terror foi planejada e executada. Confira, abaixo, um resumo do que já se sabe e do que falta saber a respeito da sexta-feira trágica vivida na França.
O QUE SE SABE
- O grupo por trás dos ataques
Já não há dúvidas de que o Estado Islâmico (EI) é a organização responsável por planejar e executar os ataques em Paris. Poucas horas depois das mortes, o EI assumiu a autoria dos atentados, e o presidente da França, François Hollande, já havia afirmado que o grupo de radicais islâmicos era responsável pelos crimes.
- Por que Paris
A França, que participa de uma coalizão internacional, vem realizando ataques aéreos contra jihadistas no Iraque e na Síria. Em comunicado publicado na internet em duas versões, em árabe e em francês, o EI afirmou que os ataques de Paris seriam uma resposta aos "bombardeios contra os muçulmanos em terras do califado", um termo geralmente utilizado para designar as regiões do Iraque e da Síria controladas pelo EI.
- Impacto dos atentados
Após muitas informações desencontradas nas primeiras horas após os ataques, na tarde de sábado as autoridades confirmavam pelo menos 129 mortos em razão das ações terroristas e pelo menos 352 feridos - dos quais 99 se encontravam em estado grave. Foi a ação terrorista mais mortal na Europa em 11 anos, desde que bombas mataram 191 pessoas em Madri, na Espanha, em 2004.
- Avanços na investigação
A polícia fez prisões, na Bélgica, de suspeitos de envolvimento com os ataques em Paris - um deles seria um francês que teria alugado o carro utilizado pelos terroristas para chegar à casa de shows Bataclan. Além disso, descobriu-se junto ao corpo de um dos terroristas um passaporte sírio de um migrante que foi registrado ao passar pela Grécia no dia 3 de outubro. Outro suspeito, morto na casa de shows Bataclan, é um francês de 29 anos que já era investigado por envolvimento com grupos radicais. Na Alemanha, autoridades apuram se um homem preso semana passada em um carro com armas e um GPS mostrando Paris como destino também tem relação com os ataques.
- Identidades das vítimas
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, confirmou na manhã deste domingo que 103 corpos já foram identificados. Ainda há "20 ou 30" vítimas que precisam ser identificadas, de acordo com Valls. O jornal inglês The Guardian informa que os mortos são de pelo menos 15 países.
O QUE NÃO SE SABE
- Identificação de todos os responsáveis
Embora as autoridades francesas já saibam que o Estado Islâmico é a organização responsável pelas mortes, a polícia ainda trabalha para identificar os nomes de todos os possíveis envolvidos na ação - vivos ou mortos. Oito terroristas morreram durante as ações, mas acredita-se que outros organizadores dos atentados estejam à solta. Apenas dois terroristas foram identificados até agora: o francês Omar Ismaïl Mostefaï e o belga Salah Abdeslam. Outros participantes dos ataques podem estar entre os suspeitos presos na Bélgica no sábado.
- O caminho do armamento
As autoridades tentam determinar de onde vieram e que caminho percorreram os fuzis AK-47 e os explosivos utilizados pelos terroristas nas ações. Investiga-se que relação o homem que viajava rumo a Paris com armamento, preso semana passada na Alemanha, teria com o caso.
- Drible nos serviços de inteligência
Ainda não se sabe como os integrantes do Estado Islâmico conseguiram planejar ações coordenadas tão ousadas sem chamar a atenção das autoridades. Os terroristas foram capazes de realizar os atentados mesmo sob um estado de alerta das forças antiterror francesas, que já esperavam algum tipo de ataque.
Atentados em Paris
Mais de cem pessoas morreram na noite de sexta-feira, em Paris, na França, após uma série de ataques terroristas em diversos locais da capital francesa. Tiroteios e explosões ocorreram de maneira coordenada em seis lugares: no Boulevard Voltaire, em frente ao bar La Belle, Bataclan, na Rua de la Fontaine, no bar Carillon e no Stade de France. Logo após os ataques, o presidente francês, François Hollande, decretou estado de emergência e fechou as fronteiras do país.
Em vídeo, veja como foi a sequência dos ataques em Paris:
Poucas horas depois das mortes, o Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados. A polícia fez prisões, na Bélgica, de suspeitos de envolvimento com os ataques em Paris, mas ainda trabalha para identificar os nomes de todos os possíveis envolvidos na ação. Oito terroristas morreram durante as ações, mas acredita-se que outros organizadores dos atentados estejam à solta.
O Itamaraty confirmou dois brasileiros entre os feridos nos atentados, que já estão fora de perigo.
Confira o mapa dos ataques: