O grupo de mulheres que relatou agressão por parte de policiais militares, no último domingo, em Porto Alegre, fará um protesto em frente ao Palácio Piratini às 18h desta terça-feira. Elas disseram em nota que participavam da Feira do Livro Feminista e Autônoma (FLIFEA) quando foram agredidas durante uma abordagem da Brigada Militar. Segundo o relato, nove delas ficaram feridas, sendo quatro com maior gravidade, necessitando de atendimento médico.
O grupo criou um evento no Facebook - com o título Mexeu com uma, mexeu com todas - que até as 23h30min contava com 1,2 mil pessoas confirmadas para a manifestação. Na descrição do evento, elas dizem que a "brutal violência" da Brigada Militar "impõe a todas e todos" "uma reação imediata e firme, que manifeste nosso repúdio total a esse tipo de barbárie".
As participantes contam que a BM chegou ao local do evento, a praça João Paulo I, entre a Avenida Jerônimo de Ornelas e a Rua Santa Terezinha, no bairro Santana, supostamente devido ao barulho. Durante a abordagem, os policiais teriam sido "extremamente agressivos" e desferido golpes em mulheres que filmavam a ação.
O comandante do 9º Batalhão da Brigada Militar de Porto Alegre, tenente-coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira, afirmou que dois policiais foram ao local do evento, por volta das 23h15min, por causa de "um grande número de ligações" de pessoas que reclamavam do barulho.
Segundo Oliveira, eles teriam pedido ao grupo que baixasse o volume ou deixasse o local. Sobre as denúncias de violência, Oliveira disse que o grupo tentou "investir" contra os policiais, que chamaram reforço.
- Consta no histórico (da ocorrência) que houve uso de força moderada para conter agressões. Vamos instaurar um inquérito para averiguar a conduta dos policiais.
* Zero Hora