Cerca de 30 caminhões não conseguem deixar as margens da BR-392, em Pelotas, mesmo com o fim do bloqueio na rodovia. Orientados a interromper a viagem na segunda-feira pela greve da categoria, os motoristas estacionaram sobre a via lateral por onde passará a duplicação da estrada. Com a chuva forte desta manhã, a terra se transformou em lama - e os veículos atolaram.
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- No início da manhã, todos (os manifestantes) sumiram devido à chuva e nos deixaram nessa situação. A gente está atolado, não consegue trabalhar - reclama o caminhoneiro Daniel Domingues, 41 anos.
Os motoristas pedem ajuda para retirar os veículos do atoleiro.
Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Os motoristas, agora, pedem ajuda para retirar os veículos do atoleiro. Na segunda-feira, mais de cem caminhões lotaram o pátio do Posto Coqueiro, no km 66 da rodovia, e, com a falta de espaço, alguns veículos foram orientados a parar na via lateral, que se transformou em um terreno argiloso.
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- Estamos pedindo auxílio de alguém com alguma máquina, senão, não temos como sair daqui - diz o caminhoneiro Mauro de Souza, 40 anos.
Por pouco mais de 24 horas, desde as 5h da manhã de segunda-feira, motoristas autônomos que aderiram à mobilização nacional bloquearam a passagem de caminhões de carga na BR-392, em Pelotas. Com o mau tempo, o protesto perdeu força e os caminhões começaram a deixar a região por volta das 7h.
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Vindo do Maranhão, o motorista Ednardo Teixeira, 34 anos, reclama que os manifestantes não representam a categoria. Em Pelotas, parte dos caminhoneiros se mostrou contrária ao protesto e queria seguir viagem. No entanto, por receio de apedrejamentos, optou por interromper o trajeto.
- Está um caos - protesta Ednardo ao lado do caminhão que escorrega no lamaçal.
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Pelotas informou que está monitorando a greve dos caminhoneiros e que, nesta manhã, não tem condições de escoltar guinchos até o local.
A Ecosul, concessionária que administra a rodovia, disse que o trecho da duplicação não é de sua responsabilidade e que, mesmo se tentasse retirar os veículos do trecho, os guinchos que possui também atolariam. A empresa se prontificou em auxiliar os caminhões a manobrar para retornar à estrada quando os motoristas conseguirem o maquinário necessário para a operação.
* Zero Hora