Nesta sexta-feira ocorre mais uma Black Friday. O dia de descontos, importado pelo comércio eletrônico brasileiro dos Estados Unidos, ganha cada vez mais adeptos no varejo tradicional. Em Santa Maria, a promoção chegou em 2013, com apenas duas lojas. Neste ano, é mais de uma centena - veja a lista abaixo.
O motivo do aumento da adesão está relacionado à queda nas vendas nos últimos meses e também ao espaço que o tema ocupa nos meios de comunicação, boa oportunidade para atrair consumidores.
O economista Alexandre Reis, que é professor da Unifra e coordenador da Clínica de Finanças, vê com bons olhos a evolução da Black Friday na cidade:
- Para o lojista, é bom, pois reflete a possibilidade de aumentar as vendas depois de um ano ruim, em uma época que os custos da empresa também aumentam. Para o consumidor, também: ele pode esperar esse momento para fazer compras mais inteligentes - opina.
Mudança de hábito
O maior número de lojas participantes também simboliza uma mudança de hábitos, tanto no varejista quanto no consumidor, conforme Reis. O comerciante parece estar buscando agir mais em conjunto, o que pode contribuir para abrir mercados, atraindo quem ainda não conhece a empresa. Já o cliente ganha mais poder de barganha.
- Nos Estados Unidos, onde a Black Friday começou, o consumo é mais eficiente. As pessoas estão acostumadas a comprar em momentos específicos do ano, a colecionar cupons para pagar menos - acrescenta Reis.
Porém, o consumidor não pode abrir mão de alguns cuidados: refletir se o produto é necessário e adequado, ou seja, analisar o preço e utilidade da mercadoria. Além disso, é preciso adotar procedimentos de segurança nas compras pela internet. Alguns sites vendem itens para estoque, como fraldas e produtos de limpeza, por isso é necessário planejar bem a compra.