A polícia tenta desvendar o único mistério que persiste em relação ao assassinato de Oscar Vieira Guimaraes, 61 anos, ocorrido na noite de quinta-feira, no Centro da Capital: o motivo do crime.
O advogado Guilherme Antônio Nunes Zanoni, 25 anos, suspeito de ter cometido o homicídio, manteve-se calado perante a polícia e não falou sobre o caso durante a audiência de custódia.
Oscar foi morto no apartamento de Guilherme. Ele teria sido rendido no corredor e levado para lá pelo próprio vizinho.
Acionada, a Brigada Militar foi ao local e arrombou a porta, mas já era tarde. O síndico já estava morto, esfaqueado no pescoço. O suspeito estava próximo ao corpo.
Na sexta-feira, o titular da 2ª DHPP, delegado Filipe Bringhenti, ouviu vizinhos de ambos. De um modo geral, disseram lembrar de uma desavença entre eles, ocorrida há mais de dois anos em uma reunião de condomínio.
- Em uma reunião, o Guilherme apontou o dedo para o rosto de Oscar e o chamou de mentiroso. O síndico respondeu chamando-o de advogado de (palavrão)... - contou uma moradora do prédio à reportagem.
Foto: Eduardo Matos / Rádio Gaúcha
Guilherme não obteve êxito na tentativa de responder ao caso em liberdade. Acompanhado pelo defensor público Sérgio Fraga, o próprio Guilherme alegou na audiência de custódia que, pelo fato de não ter antecedentes criminais, poderia ter sua prisão relaxada. Porém, a Justiça decidiu mantê-lo preso.
* Diário Gaúcho