
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reconheceu a colegas que controla contas secretas atribuídas a ele na Suíça, segundo apurou o jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o periódico, a admissão integra a defesa que o peemedebista, alvo de processo de cassação e investigado na Operação Lava-Jato, pretende tornar pública.
O jornal também afirma que, conforme relatos de deputados, Cunha insistirá na ideia de que não mentiu à CPI da Petrobras em março, quando salientou que não possuía contas no Exterior.
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Em conversas com colegas da Câmara, o parlamentar teria dito que foi questionado à época se era titular das movimentações financeiras. No entanto, Cunha alega que as contas são administradas por empresas e trustes controlados por ele - e que têm o peemedebista e seus familiares como beneficiários.
Na quarta-feira, no momento em que concedia entrevista à imprensa, no Salão Verde da Câmara dos Deputados, o parlamentar foi alvo de um "banho" de notas falsas de dólar. Um homem ligado ao movimento "Levante Popular da Juventude" surpreendeu Cunha e jogou as cédulas na cabeça do peemedebista.
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As notas falsas de cem dólares, ao invés vez do retrato de Benjamin Franklin, estampavam a imagem do deputado. Carregado pelos seguranças, o manifestante deixou o local aos gritos de "Fora, PT".
Cunha comentou que não se sentia constrangido com o episódio.