O governo russo confirmou que não há sobreviventes entre os passageiros do avião que caiu neste sábado, na região do Monte Sinai, no Egito. A aeronave da companhia KogalimAvia, conhecida como Metrojet, levava 224 pessoas do resort do Mar Vermelho de Sharm el-Sheikh para São Petersbugo, na Rússia.
"Infelizmente, morreram todos os passageiros do voo 9268, da companhia Kogalymavia, que partiu de Sharm el-Sheikh em direção a São Petersburgo. Expressamos nossas condolências aos familiares das vítimas", escreveu a Embaixada da Rússia no Egito, em seu perfil no Twitter.
Tráfego no momento em que avião (vermelho) perdeu contato com radares
Foto: Reprodução / Flightradar24
Mais cedo, haviam circulado rumores de possíveis sobreviventes. Um oficial do Exército, que trabalhava no resgate dos corpos, teria dito à agência de notícias Reuters que vozes foram ouvidas em uma das partes do avião. A infomação, no entanto, não foi confirmada.
O Exército do Egito informou que está ajudando na "transferência de 129 corpos" para funerárias e hospitais do Cairo. Dos passageiros, 214 eram russos e três eram ucranianos. Havia 138 mulheres, 62 homens e 17 crianças a bordo.
As autoridades egípcias encontraram a caixa-preta, anunciou em comunicado o gabinete do primeiro-ministro Sherif Ismail. Ela será agora analisada por especialistas. De acordo com informações preliminares, a queda teria sido provocada por falhas técnicas (pouco antes da queda, o piloto teria ligado para o controle de tráfego aéreo para informar que estava com problemas técnicos e solicitar um pouso de emergência, de acordo com a emissora americana CNN), mas o Estado Islâmico diz ter abatido o avião.
O presidente russo, Vladimir Putin, divulgou um comunicado expressando condolências às famílias das vítimas e ordenou ao seu governo que ofereça assistência imediata aos parentes. Familiares que chegam ao aeroporto de São Petersburgo são encaminhadas a um centro de crise.
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Ele também pediu a abertura de uma investigação sobre a queda e ordenou o envio de um avião de emergência para colaborar nos trabalhos de resgate. Já o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvédev, pediu ao ministro dos Transportes, Maxim Sókolov, que viaje com urgência para o Egito.
* Zero Hora com agências