A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou, na tarde desta terça-feira, um cervo que havia sido atropelado na BR-158, próximo ao trevo de acesso à Pejuçara. O animal silvestre, comum na região, foi atingido por um caminhão e acabou ficando sobre a pista. Um segundo motorista alertou a PRF.
Do tipo veado-catingueiro, ele foi resgatado e levado ao Hospital Veterinário da Universidade de Cruz Alta. Segundo o assistente da instituição Luciano Matias Henkes, o cervo fraturou a bacia e teve outros ferimentos pelo corpo. Ele foi medicado com anti-inflamatórios e analgésicos e recebe soro.
- Não é possível dizer se ele passa bem ou não, porque um trauma como esse gera muito stress em animais silvestres. Com isso, eles ficam muito suscetíveis - explica Henkes.
Ainda segundo ele, esse é quinto cervo resgatado em estradas da região neste ano. Dos outros quatro, apenas um sobreviveu e foi solto na reserva da Universidade de Cruz Alta (Unicruz).
Vegetarianos e de hábitos diurnos e noturnos (saiba mais sobre ele abaixo), os veados catingueiros podem ser vistos circulando a qualquer hora do dia. Por isso, motoristas devem ter cuidado. A PRF alerta que, sempre que ocorrer um acidente envolvendo um animal silvestre, deve-se ligar para o telefone 191 de emergência, para que seja providenciado o devido resgate.
Saiba mais sobre o veado-catingueiro
O veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) é, provavelmente, a espécie de cervídeo mais abundante do Brasil, presente em todos os seus biomas. Por essa razão, é reconhecida por uma variedade de nomes, tais como veado-virá, virá, virote, guaçutinga, guaçucatinga, cabra silvestre e guaçubirá. Também é encontrado desde o México até a Argentina, onde recebe os nomes de corzuela común, corzuela parda, guazu, guazu virá. Bem adaptável, ele pode habitar áreas altamente modificadas pelo homem, o que explica a sua abundância.
O catingueiro é um cervo de pequeno porte, pesando em torno de 18 quilos, com altura média de 50 a 65cm e entre 88,2 e 106cm de comprimento. A coloração geral dos indivíduos é extremamente variável, podendo ir do cinza escuro até o marrom avermelhado. A região ventral é mais clara, com áreas brancas na parte inferior da cauda e face interna da orelha. A maioria dos indivíduos tem uma pinta branca acima dos olhos, que é característica exclusiva dessa espécie. Os chifres, quando presentes, não são ramificados e possuem entre 6 e 12 cm de comprimento.
Fonte: O Eco