Cerca de cem policiais civis partiram da sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) no começo da manhã desta quarta-feira, em Porto Alegre, com o objetivo de reprimir a receptação e compra de aparelhos eletrônicos roubados.
A Operação TNT Mercúrio, desencadeada pela Delegacia de Roubos de Carga do Deic, cumpre 20 mandados de condução coercitiva - condução à delegacia para prestar depoimento - contra pessoas que adquiriram aparelhos iPhones remanescentes de um roubo à transportadora TNT Mercúrio em 23 de março deste ano em Novo Hamburgo.
Naquela ocasião, cinco criminosos fortemente armados invadiram a transportadora levando uma carga de eletroeletrônicos avaliada em R$ 1,3 milhão. No dia seguinte, 90% da carga foi recuperada e dois suspeitos presos.
Entre as pessoas que estão com os aparelhos, há advogados, empresários e contadores. Os usuários foram localizados por meio do rastreamento do número de série dos aparelhos.
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Na operação desta quarta-feira, até as 8h, a polícia recuperou 17 aparelhos iPhone 5S. A maioria dos supostos compradores alega ter adquirido o aparelho por meio de sites de anúncios classificados na internet, mas outros dois afirmaram ter ganho os smartphones de presente dos próprios assaltantes.
A polícia também prendeu cinco pessoas nesta manhã - mais dois que já haviam sido presos - por suspeita de integrar a quadrilha. As ordens judiciais são cumpridas em nove cidades gaúchas: São Leopoldo, Canoas, Novo Hamburgo, Santa Maria, Porto Alegre, Campo Bom, Viamão, Taquara e Caxias do Sul e na cidade catarinense de Criciúma.
O delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos de Carga do Deic, confirmou que o preço pago por esses compradores pela internet pode envolvê-los em uma receptação criminosa. Isso será avaliado caso a caso pela polícia.
- Queremos desarticular este bando e esclarecer de que forma as pessoas adquiriram os aparelhos. É possível que elas também sejam indiciadas por receptação - afirmou.
Além deste crime, a quadrilha é investigada por outros três roubos de cargas. A estimativa da polícia é de que o grupo vinha atacando, em média, duas transportadoras por mês.
* Diário Gaúcho