Autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a devolução de um Lamborghini, um Bentley, uma Range Rover e uma Ferrari foi comemorada pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), que postou um vídeo em seu perfil oficial do Facebook nesta sexta-feira. O ex-presidente da República teve os veículos apreendidos pela Polícia Federal (PF) em julho, durante investigações da Operação Lava-Jato.
Posted by Fernando Collor on Quinta, 29 de outubro de 2015
ELES VOLTARAM AO SEU DONO- Lembra-se daquela operação espetaculosa, com potentes helicópteros e dezenas de viaturas...
Collor será o fiel depositário dos veículos de luxo, exceto um Porsche Panamera, que não voltará à Casa da Dinda, famosa residência do político em Brasília. De acordo com a decisão, o senador não apresentou termo de concordância da empresa GM Comércio de Combustível Ltda, em nome de quem está registrado o Porsche.
Collor pediu ao STF para guardar em sua posse os veículos porque são automóveis de luxo que demandam cuidados especiais.
"Não se tratando de bens essenciais à elucidação dos fatos investigados, nem constituindo, em si mesmos, bens ilícitos, não haveria óbice à nomeação do requerente como fiel depositário, com os deveres e ônus correspondentes", afirmou a decisão do Supremo.
Casa da Dinda
A Casa da Dinda ficou conhecida após a eleição de Fernando Collor para a presidência, em 1989. O ex-presidente fez da mansão particular, no Lago Norte, sua residência oficial. O imóvel se tornou um símbolo dos escândalos de corrupção que culminaram na queda de Collor. Descobriu-se que o tesoureiro da campanha, PC Farias, pagou a reforma dos jardins, que incluiu cascata e lago artificial, com dinheiro de contas-fantasmas.
A obra custou US$ 2,5 milhões, na época. Anos depois, Rosane, ex-mulher de Collor, revelou que os jardins foram usados para rituais de magia negra. Uma Fiat Elba que servia à casa foi comprada com dinheiro de PC Farias e tornou-se célebre no auge do escândalo.